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Arnaut vai ser o novo "chairman" da ANA

José Luís Arnaut substitui no cargo Jorge Ponce de Leão, o qual está a caminho da NAV. Até agora, o advogado era presidente da assembleia-geral da ANA. Por isso, afirma ao Negócios, esta passagem para “chairman” da empresa é uma “transição natural”.

04 de Janeiro de 2018 às 22:00
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José Luís Arnaut vai ser o novo "chairman" da ANA – Aeroportos de Portugal, substituindo no cargo Jorge Ponce de Leão, que está a caminho da NAV Portugal. A substituição foi formalizada esta quinta-feira na assembleia-geral da ANA, empresa detida a 100% pelos franceses da Vinci.

José Luís Arnaut, em declarações ao Negócios, explica que tem uma ligação de longa data com o grupo francês, a qual se iniciou quando na qualidade de advogado, através da sua sociedade, a Rui Pena, Arnaut e Associados,  esteve envolvido na candidatura da Vinci à privatização da ANA.

"Estive sempre muito ligado a este projecto", sublinha o novo "chairman" da gestora dos aeroportos nacionais, que até agora ocupava o lugar de presidente da assembleia-geral da empresa. "Estou lá dentro. É uma transição natural, a de presidente da AG para ‘chairman’. Não altera em  nada a minha relação, seja com a Goldman Sachs ou com o escritório de advogados", adianta José Luís Arnaut.

A Vinci venceu a privatização da ANA em Dezembro de 2012, tendo pago mais de três mil milhões de euros pela gestora dos aeroportos nacionais, com um contrato de concessão de 50 anos. 

Jorge Ponce Leão, o seu antecessor no cargo, valida a escolha de José Luís Arnaut. "Trata-se de uma sucessão natural. É uma pessoa que conhece bem a empresa e tem uma relação de muitos anos com o accionista", afirma Ponce de Leão ao Negócios.

Numa carta enviada aos trabalhadores em que anuncia a sua nomeação como "chairman" da ANA, José Luís Arnaut deixa "uma palavra de reconhecimento" a Jorge Ponce de Leão "pela forma profissional como desempenhou as suas funções" e diz  esperar "poder estar à altura do legado que o seu trabalho nos deixa".

José Luís Arnaut, na missiva, faz ainda "uma referência especial à forma excepcional" como a comissão executiva presidida por Carlos Lacerda tem liderado a ANA, "reflectida nos sucessos empresariais que são de todos conhecidos", assumindo o "compromisso solene de tudo fazer para dar continuidade a essa linha de actuação".

"Estou ligado a este projecto empresarial da Vinci desde o primeiro momento e, como consequência disso, tenho podido testemunhar a qualidade do trabalho desenvolvido e a ambição, sempre presente, de fazer cada vez mais e melhor, algo que se fica a dever, antes de mais, à qualidade, à dedicação e ao esforço de todos aqueles que o têm integrado", lembra José Luís Arnaut.

Novo aeroporto é prioridade
O aumento da capacidade aeroportuária em Lisboa é a grande prioridade do grupo, que estimava  atingir em 2017 os 27 milhões de passageiros.  Em Novembro, a ANA entregou ao Governo uma proposta para assegurar  esse acréscimo, quer através do aeroporto Humberto Delgado quer de um novo aeroporto no Montijo, como estava previsto no memorando de entendimento assinado em Fevereiro.

No caso do projecto para o Montijo, ainda falta concluir os estudos de impacto ambiental, o que é apontado para o primeiro semestre deste ano, tendo ainda de ser feita uma renegociação do contrato com a ANA. O Governo tem referido como calendário para a tomada da decisão final relativamente à construção do aeroporto complementar de Lisboa o segundo semestre de 2018.

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