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Alves Monteiro prevê quatro a seis empresas nacionais no Euronext 100

O índice Euronext 100 deverá integrar entre quatro a seis empresas portuguesas aquando da integração final da BVLP na plataforma pan-europeia, disse Alves Monteiro, presidente da BVLP, ao Negocios.pt.

17 de Dezembro de 2001 às 13:59
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O índice Euronext 100 deverá integrar entre quatro a seis empresas portuguesas aquando da integração final da Bolsa de Valores de Lisboa e Porto (BVLP) na plataforma pan-europeia, disse Alves Monteiro, presidente da BVLP, ao Negocios.pt.

Questionado pelo Negocios.pt sobre o número de empresas nacionais que passarão a fazer parte do índice de referência da Euronext, Alves Monteiro respondeu que «estaremos a falar de quatro a seis empresas que seguramente terão lugar no Euronext 100».

No entanto, o mesmo responsável sublinhou que o número exacto irá depender da altura em que isso (a integração operacional) aconteça, uma vez que se trata de um processo dinâmico».

O presidente da BVLP falava à margem da sessão especial de Bolsa para apuramento dos resultados da oferta pública de venda (OPV) de 14,48% do Banco Comercial dos Açores (BCA), realizada no âmbito da quarta fase de privatização do banco.

Actualmente, as seis empresas com maior ponderação no PSI20 [PSI20], e portanto as melhor colocadas para integrar o Euronext 100 se os critérios de selecção forem semelhantes, são por esta ordem: o Banco Comercial Português [BCP], a Portugal Telecom [PLTM], a Electricidade de Portugal [EDP], a Brisa [BRISA], o Banco Espírito Santo [BESNN], e o BPI [BPIN].

Em Junho último, a BVLP estimava, com base nas condições de mercado da altura, que sete empresas nacionais viessem a integrar o Euronext 100 caso a integração ocorresse no imediato, com as mesmas a serem as cinco primeiras já referidas, acompanhadas pela Cimpor [CIMP] e pela Vodafone Telecel [TLE].

A BVLP e a Euronext concretizaram na semana passada o acordo definitivo para uma fusão, através da qual os accionistas da Bolsa nacional, que ficou avaliada em 130 milhões de euros (26,06 milhões de contos), vão deter cerca de 4% do capital daquela plataforma bolsista.

Alves Monteiro «satisfeito» com rácio de troca

Relativamente à posição a deter pelos accionistas da BVLP na Euronext, Alves Monteiro sublinhou que «estamos muito satisfeitos, porque estamos a falar de quase 5,5%», se contabilizados os 4% que os accionistas da BVLP irão receber em acções da Euronext, acrescidos dos 35 milhões de euros (7 milhões de contos) pagos em dinheiro pelas acções da Bolsa nacional.

O mesmo responsável recordou que «inicialmente falava-se (de uma participação) entre os 2,5% e os 4%», acrescentando que o valor fixado «dignifica o mercado nacional, e expressa uma dimensão que a Bolsa portuguesa pode trazer ao Euronext».

«A grande virtualidade desta operação não reside no valor que os accionistas da casa vão receber, mas sim essencialmente no valor acrescentado que vai trazer para o mercado português», sublinhou a mesma fonte.

Comentando ainda o valor de 130 milhões de euros (26,06 milhões de contos) em que a BVLP foi implicitamente avaliada, Alves Monteiro considerou que «estamos a falar de um processo de avaliação que tem em vista a troca de acções, portanto, não é uma avaliação pura e simples».

A fusão entre as duas Bolsas «vai permitir que o mercado desempenhe aquilo para que está vocacionado, que é uma alternativa de financiamento da economia portuguesa, e isso vale muito mais que os valores que estão subjacentes a esta avaliação relativa», acrescentou aquele responsável.

Alves Monteiro sublinhou ainda que a operação «vai trazer melhores condições de funcionamento ao mercado em geral e uma exposição muito maior às empresas portuguesas».

Integração final prevista para início de 2003

A integração final da BVLP e da Euronext, em termos operacionais e tecnológicos, «ocorrerá entre o final do ano que vem e o princípio do ano seguinte», disse Alves Monteiro, acrescentando que «provavelmente será já no início de 2003».

Até àquela data, «há tempo para que o mercado se prepare» ao nível operacional e regulamentar, tanto no que respeita aos intermediários financeiros como à própria BVLP.

A Euronext integra actualmente as Bolsas de Bruxelas, Paris e Amesterdão.

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