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Alemã Schlecker despede quase 12 mil trabalhadores após falência

As lojas da Schlecker em Portugal não serão afectadas, por estarem abrangidas por outra legislação.

01 de Março de 2012 às 12:03
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O gestor de falência da Schlecker, Arndt Geiwitz, disse hoje estar 'moderadamente optimista" quanto ao futuro da cadeia de drogarias alemã, considerando "necessário", no entanto, despedir 11.750 dos 25 mil trabalhadores, para manter os negócios.

A declaração de falência, que deu entrada nos tribunais em Janeiro, obrigará a Schlecker a encerrar 2.400 das 5.400 lojas espalhadas pela Alemanha, como já tinha sido anunciado por Geiwitz na quarta-feira.

As lojas da Schlecker em Portugal não serão afectadas, por estarem abrangidas por outra legislação, como a empresa alemã já explicou.

"Vamos ter de negociar agora com os trabalhadores, com os senhorios e com os fornecedores, mas estamos convencidos de que criaremos as condições para que a Schlecker tenha futuro", disse Geiwitz hoje à televisão pública ARD.

"Lamentamos muito ter de despedir tanta gente, mas nenhuma empresa pode sobreviver permanentemente com prejuízos, explicou o gestor de falência.

O principal problema da Schlecker, na opinião de Geiwitz, é a falta de competitividade, no disputadíssimo mercado das cadeias de drogarias alemãs.

A Schlecker, que apostou sobretudo nos baixos preços, e perdeu a batalha para os principais concorrentes, "vai ter de mudar a sua oferta, como os clientes irão verificar nas próximas semanas e meses", disse o gestor de falência à ARD.

Geiwitz adiantou ainda que a solução que preconiza para a Schlecker incluirá Lars e Meieke Schlecker, os herdeiros do fundador da empresa, Anton Schlecker, que chegou a ser considerado um dos homens mais ricos da Alemanha.

Garantiu ainda que a própria família Schlecker "foi surpreendida com a dimensão da crise, mas não tem meios financeiros para salvar inteiramente a empresa".

Os prejuízos da Schlecker ascenderam a 200 milhões de euros em 2011, e nos anos anteriores a cadeia já tinha tido prejuízos de dezenas de milhões de euros.

Na opinião de numerosos analistas, a forma patriarcal como Anton Schlecker conduziu os destinos da empresa, aliada à falta de transparência e a graves erros de gestão, estiveram na origem da falência de um dos maiores impérios comerciais da Alemanha do pós-guerra.

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