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Agência de Inovação "acelera" ideias e tira tecnologia das universidades
Num evento em Coimbra que assinalou os dois anos do Born from Knowledge (Bfk), a ANI apresentou duas novas iniciativas para dar valor económico aos projectos de ciência e tecnologia neste programa de apoio à inovação.
Prevendo três edições regionais, o Born from Knowledge (Bfk) Rise ainda não tem data concreta para avançar, mas vai representar um investimento de 200 mil euros. Durante três meses, adiantou Eduardo Maldonado ao Negócios, promete oferecer "acompanhamento e capacitação intensivos" aos candidatos com projectos de base científica e tecnológica.
O presidente da ANI detalhou que este novo programa de aceleração "é para apoiar ideias numa fase preliminar e projectos que ainda estão numa fase mais inicial, mas têm potencial para dar origem a start-ups e evoluírem para produtos inovadores no curto prazo". Conta seleccionar 60 candidatos – 20 por região –, que serão acolhidos em incubadoras e ninhos de empresas, parceiros que ainda não estão escolhidos.
Esta foi uma das novidades apresentadas esta quinta-feira, 18 de Outubro, durante um evento de balanço dos primeiros dois anos do programa Born From Knowledge. O Bfk Rise junta-se assim ao Bfk Awards, que já distinguiu 20 projectos científicos e tecnológicos e empresas que se destacam em actividades de I&D; e ao Bfk Ideas, um concurso de ideias dirigido a estudantes do Ensino Superior e investigadores que neste período teve duas edições e seis premiados.
Nesta iniciativa realizada em Coimbra, o líder desta agência pública com sede no Porto e instalações também em Lisboa (e onde está concentrada a maior parte dos 80 funcionários) apresentou também o Bfk Transfer, um projecto da ANI para apoiar os gabinetes de transferência de tecnologia das instituições de Ensino Superior e ligá-los em rede, com objectivo de "terem mais pessoal, mais permanente e com fundos adequados".
"Praticamente todas [as universidades e politécnicos] em Portugal têm centros de transferência de tecnologia, que dentro da instituição identificam projectos e contactam investigadores para fazê-los ganhar uma maior dimensão, registarem patentes ou criarem start-ups e entrarem em incubadoras. Há uns mais eficazes, mas a maior parte tem pouca gente e precisa de capacitação e também de trabalhar em rede", concluiu Eduardo Maldonado.