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Acções do BCP caem quase 3% no rescaldo da AG

O BCP terminou a sessão de hoje em queda de 2,75% para os 3,53 euros, num desempenho idêntico ao registado após a AG, também ela inconclusiva, de 6 de Agosto. A pressão de venda não veio dos institucionais, já que o volume de negócios foi reduzido.

28 de Agosto de 2007 às 17:14
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O BCP terminou a sessão de hoje em queda de 2,75% para os 3,53 euros, num desempenho idêntico ao registado após a AG, também ela inconclusiva, de 6 de Agosto. A pressão de venda não veio dos institucionais, já que o volume de negócios foi reduzido.

As acções do Banco Comercial Português (BCP) [BCP] terminaram a sessão de hoje em queda de 2,75% para os 3,53 euros, com 14,2 milhões de títulos a mudarem de carteiras.

Este volume de transacções ficou 45% abaixo da média diária de negociação do banco desde o início do ano.

Ainda antes da AG, alguns operadores de mercado já antecipavam uma queda das acções, à semelhança do que aconteceu após a reunião de 6 de Agosto, altura em que as acções deslizaram mais de 1%.

Isto porque, foram vários os accionistas de referência que ao longo dos últimos meses reforçaram a posição no BCP, com o objectivo de ganhar poder e mais votos para as duas últimas AG.

Findas as reuniões, seria previsível alguma pressão de venda por parte desses institucionais, mas a liquidez do BCP na sessão de hoje sugere que a pressão de venda veio sobretudo da parte dos "traders" e dos pequenos accionistas.

Isto porque, os agentes de mercado estão a contar com uma nova AG, provavelmente em Outubro.

O desempenho do BCP ao longo do dia também foi afectado pelo comportamento do sector da Europa, numa altura em que a crise dos "subprime" voltou a pairar sobre os mercados. O índice Dow Jones Euro Stoxx Banks caiu hoje 2,4%.

A Espírito Santo Research avança com uma outra justificação para a descida das acções.

Numa nota aos clientes, a casa de investimento recorda que as acções negoceiam com um prémio de OPA e que "um acordo interno poderá reduzir a probabilidade de uma oferta de aquisição".

Apesar de ontem não se ter chegado a nenhum acordo para o futuro do banco, ambas as facções que lutam pelo poder dentro do banco deram indicações de estar disponíveis para chegar a um consenso, nomeadamente em relação ao modelo de governo do banco.

"O processo de negociação vai continuar, mas parece que será difícil aos accionistas do BCP atingirem um acordo final quanto à estrutura de gestão do banco", defende a analista Cristina Vieira da Fonseca.

Acrescentam que qualquer entendimento entre accionistas "só será possível se os conflitos internos forem esquecidos", o que, segundo a mesma fonte, seria positivo para o banco.

A antecipar a pressão de venda que se sentiu ao longo do dia, Luís Duarte, do Caixa Banco de Investimento disse ao Jornal de Negócios que "o mercado ainda está a tentar perceber o que se irá resolver em termos de futuro do BCP. Por isso, é mais provável que as acções venham a cair hoje do que a subir, mesmo apesar dos comentários do comendador Joe Berardo".

O empresário madeirense disse ontem à entrada da AG que não se "admiraria nada" que surgisse uma OPA sobre o BCP, sugerindo uma alegada investida por parte de um grupo espanhol.

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