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Acções da Galp valorizam mais de 3% após compra de blocos no Brasil

A Galp Energia valoriza mais de 3% em bolsa, beneficiando do anúncio de que comprou sete blocos de exploração petrolífera no Brasil. Os analistas destacam que esta é uma notícia positiva para a petrolífera portuguesa, pois aumenta o potencial da activida

28 de Novembro de 2007 às 09:05
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(actualiza com comentário de analistas)

A Galp Energia valoriza mais de 3% em bolsa, beneficiando do anúncio de que comprou sete blocos de exploração petrolífera no Brasil. Os analistas destacam que esta é uma notícia positiva para a petrolífera portuguesa, pois aumenta o potencial da actividade de exploração e produção de petróleo.

As acções da Galp Energia sobem 3,56% para 14,55 euros, depois de ontem já terem fechado o dia a somar mais de 3%. Antes do fecho da sessão de ontem a Galp tinha comunicado a compra de um bloco petrolífero e ontem à noite anunciou que venceu a licitação de mais seis.

A valorização destes dois dias elevou a capitalização bolsista da Galp energia para perto de 12 mil milhões de euros.

A reacção dos analistas está a ser positiva, destacando que a notícia tem um impacto positivo nas acções.

A Espírito Santo Research vê estas aquisições como "estrategicamente positivas para a Galp Energia, que está activamente à procura de aumentar a sua presença no negócio de produção e exploração".

O BPI considera que as aquisições têm um impacto "neutral a positivo". Os analistas desta casa de investimento lembram que "com estes blocos a Galp Energia aumenta a sua exposição ao promissor mercado brasileiro", contudo consideram ser importante assinalar que "nesta altura, [as aquisições de blocos] representam apenas novas áreas de exploração".

A mesma fonte salienta que os blocos de exploração petrolífera mais promissores foram retirados do leilão que o Brasil está a realizar, depois do anúncio da descoberta de elevadas reservas em Tupi.

Um outro banco de investimento também considera as notícias positivas, sobretudo porque "mais uma vez estamos a ver o impacto positivo da relação especial entre a Galp e a Petrobras".

O CaixaBI assinala que "esta notícia é positiva para a Galp Energia, na medida em que expande os interesses da empresa no sector de E&P numa área muito promissora". Contudo, "é ainda cedo para quantificar o impacto em termos de criação de valor", refere o analista Carlos Jesus.

Sete blocos

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), ao início da noite de ontem, a empresa liderada por Ferreira de Oliveira revelou que os consórcios que integra compraram um total de sete blocos para exploração no Brasil, num investimento global de 128,9 milhões de reais (47,1 milhões de euros).

Pelo primeiro bloco, o consórcio pagou 15,3 milhões de reais (5,6 milhões de reais), já pelos três blocos conquistados na Bacia de Santos (Bloco S-M-1162, Bloco S-M-1163 e Bloco S-M-1227), a petrolífera, em parceria com a Petrobrás e a Queiroz Galvão Óleo e Gás despendeu 106 milhões de reais (38,8 milhões de euros). Neste consórcio, a Galp detém 20%, a Petrobrás 60% e a Queiroz Galvão os restantes 20%.

A estes juntam-se ainda mais três blocos (Bloco PEPB-M-783, Bloco PEPB-M-837 e o Bloco PEPB-M-839), na Bacia de Pernambuco-Paraíba. Ao contrário dos anteriores, estes blocos "encontram-se localizados numa zona denominada ‘nova fronteira’", revela a empresa em comunicado, acrescentando que "o prémio pago por estes três blocos totalizou 7,6 milhões de reais" (2,78 milhões de euros).

Nestes blocos, na Bacia Pernambuco-Paraíba, o consórcio vencedor é composto pela brasileira Petrobrás, operador com uma participação de 80%, e pela Galp Energia com 20%.

A parceria da Galp com a Petrobrás na exploração de petróleo no Brasil tem dado resultado. Recentemente, a companhia liderada por Ferreira de Oliveira anunciou uma grande descoberta petrolífera no país. O fim da prospecção do poço do Tupi Sul, no Brasil, revelou que as reservas de gás natural e de petróleo daquele poço estão avaliadas entre cinco e oito mil milhões de barris.

Esta descoberta fez disparar a cotação dos títulos da petrolífera (cerca de 25%) que atingiram a marca histórica de 15,43 euros, com várias casas de investimento a reverem as suas estimativas para a empresa de forma a reflectir a descoberta do consórcio no qual a Galp detém 10%. A Petrobrás e a BG Group são as outras companhias do consórcio.

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