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Acções da PSA disparam para máximos de sete anos com recuperação da Opel

O grupo francês PSA viu as suas receitas crescerem 40% impulsionado pela melhoria das contas da Opel. As acções estão em máximos de 2011.

Tiago Varzim tiagovarzim@negocios.pt 24 de Julho de 2018 às 09:34

A Opel voltou aos lucros um ano após ter passado para as mãos do grupo francês PSA, o que surpreendeu os analistas. No total, as receitas da empresa francesa atingiram os 38,6 mil milhões de euros no primeiro semestre deste ano, mais 40,1% face ao mesmo período do ano passado, o que levou as acções para máximos de sete anos. Os lucros atingiram os 1,7 mil milhões de euros.

"O grupo demonstra desde 2014 a sua capacidade recorrente de aumentar a rentabilidade global, a eficiência e o volume, apesar dos fortes ventos contrários", afirma o português Carlos Tavares, o 'chairman' do grupo PSA, em comunicado"A nossa agilidade e forte foco na execução mantém-se um forte activo para atingir as nossas metas", assinala. 

Na nota de imprensa sobre os resultados, Tavares faz questão de elogiar as equipas do Opel Vauxhall por terem entregue "bons resultados". Durante o tempo em que esteve na General Motors, a Opel nunca teve lucros durante quase duas décadas, segundo a Bloomberg. Com o corte de custos e de postos de trabalho, a marca lucrou 502 milhões de euros no primeiro semestre deste ano.

"Esta é simplesmente a reviravolta mais rápida que eu vi na indústria automóvel em muitos anos", referiu o analista da JP Morgan, Jose Asumendi, numa nota citada pela Bloomberg. De acordo com a Reuters, os resultados superaram em grande medida as expectativas dos analistas.

Após estes resultados terem sido noticiados, as acções da empresa francesa subiram mais de 10%, impulsionando o sector automóvel na Europa. Neste momento as acções valorizam 9,64% para os 22,40 euros, um máximo de 2011.

Anteriormente, a empresa já tinha anunciado que bateu um recorde de vendas mundiais. As vendas aumentaram 38% no primeiro semestre, sendo que na Europa as vendas dispararam 61,5% e no mercado português subiram 49%.

Para este ano o grupo francês antecipa um mercado de automóvel "estável" na Europa e um crescimento de 4% na América Latina, 10% na Rússia e 2% na China. 

(Notícia actualizada corringindo o valor das receitas/lucros)

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