Um grupo de accionistas da Mundial Confiança ( MC ), requereu hoje de forma formal ao conselho de administração uma clarificação sobre tomada de posições. Entre o grupo de accionistas encontram-se incluídos a AF Investimentos, a Norwich Union, e outros fundos representando em conjunto mais de 13% do capital social da empresa.

Na tomada de clarificações exigida pelo grupo de accionistas ao conselho de administração, este requer que seja esclarecida a sua posição quanto aos compromissos admitidos ou assumidos pelo órgão administrativo sobre vários compromissos. Entre os quais se encontram: o penhor de acções da MC ou de alguma das suas subsidiárias (BPSM, BTA, CPP) para garantir responsabilidades pessoais de terceiros nomeadamente do Sr. António Champalimaud, a possível compra de acções pelo BPSM no BSCH e/ou no Banco Santander Portugal e o respectivo preço. Por fim, o grupo reclama a clarificação sobre a troca de acções do BPSM por partes de capital do BSCH Portugal e BSCH Brasil e o acordo dos accionistas entre a Mundial Confiança e o BSCH respeitante à gestão das áreas da banca e dos seguros do grupo.

Segundo um comunicado do grupo de accionistas «se as notícias dos meios de comunicação social forem verdadeiras o conselho de administração poderá ser responsável por má gestão dos bens da companhia ao privilegiar o accionista majoritário. Sem obter a aprovação dos accionistas, trata-se de clara violação das responsabilidades fiduciárias dos administradores. É nosso direito, de acordo com o artº 291 do Código das Sociedades Comerciais obter uma clarificação sobre estes pontos fundamentais dum prazo de 15 dias, nos termos legais».