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Europa fecha no vermelho com setor automóvel a pesar. Aston Martin afunda mais de 24%
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta segunda-feira.
Europa fecha no vermelho com setor automóvel a pesar. Aston Martin afunda mais de 24%
Os principais índices europeus caíram no fecho da primeira sessão desta semana, depois de o Stoxx 600 ter terminado a sessão de sexta-feira a tocar em máximos históricos. O setor automóvel pressionou os mercados europeus – sobretudo devido à forte queda da Stellantis, da Volkswagen e também da Aston Martin.
O Stoxx 600 - de referência para o Velho Continente – recuou 0,98%, para os 522,89 pontos.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão DAX desvalorizou 0,76%, o holandês AEX registou perdas de 0,80%, o francês CAC-40 recuou 2%, o espanhol IBEX 35 perdeu 0,76% e o italiano FTSEMIB, desvalorizou 1,73%.
Entre os setores, a principal queda registou-se no automóvel, que derrapou 4,04%. Por outro lado, com a única valorização entre os setores, esteve o petróleo e gás, que ganhou 0,18% no fecho da sessão desta segunda-feira.
Quanto aos principais movimentos de mercado, as ações da Stellantis afundaram 14,72% depois de a empresa ter reduzido as suas previsões financeiras para o ano. A construtora automóveis emitiu um aviso de lucros devido ao aumento da concorrência dos fabricantes automóveis chineses. Por sua vez, a Volkswagen, que reduziu o "guidance" em termos de resultados pela segunda vez este ano, caiu 2,02%. Já a Aston Martin, que também reduziu as suas perspetivas financeiras, cedeu 24,51%.
Juros europeus encerram na sua maioria a subir
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro fecharam esta segunda-feira sem tendência definida, ainda assim, registaram-se uma maioria de agravamentos, num dia marcado pela queda generalizada dos principais índices do continente.
Os juros da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, registaram uma subida de 0,2 pontos base, para 2,682%, enquanto em Espanha a "yield" da dívida com o mesmo vencimento cresceu 0,1 pontos, para 2,920%. Os juros da dívida italiana também se agravaram, em 0,2 pontos para 3,449%.
Por sua vez, a rendibilidade da dívida francesa decresceu 0,3 pontos base, para 2,914%, mantendo-se ligeiramente abaixo da de Espanha. Já os juros das "bunds" alemãs, referência para a região, aliviaram em 1 ponto, para 2,121%.
Fora da Zona Euro, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, somaram 2,5 pontos base para 4,001%.
Dólar negoceia sem tendência definida. Divisa australiana ganha com medidas de estímulo chinesas
No arranque de uma semana de forte divulgação de dados referentes ao emprego nos EUA, o dólar segue sem rumo definido. A divisa norte-americana regista perdas face à libra, mas avança em relação ao iene – enquanto o país aguarda por eleições legislativas antecipadas, anunciadas para o mês de outubro. Por outro lado, o dólar australiano ganha ímpeto depois de a China ter anunciado novas medidas de estímulo económico.
O Índice de dólar da Bloomberg – que mede a força da "nota verde" face às principais rivais – valoriza 0,11% para os 100,491 pontos.
Face ao iene, o dólar avança 0,71%, para os 143,220 ienes.
Por cá, o euro mantém-se praticamente inalterado e regista quedas de 0,04%, para os 1,116 dólares. Já a libra avança 0,28%, para os 1,341 dólares.
O dólar Australiano, que atingiu máximos de 19 meses, segue agora a ganhar 0,51% para os 0,694 dólares.
Ouro perde ímpeto com recuperação dos mercados chineses
O ouro segue a negociar em baixa, depois de ter atingido sucessivos máximos históricos durante a semana passada. Ainda assim, o metal amarelo continua perto de registar o seu maior ganho trimestral em mais de oito anos, sobretudo devido à incerteza geopolítica e ao alívio da política monetária norte-americana.
O ouro desvaloriza, a esta hora, 0,96%, para os 2.632,750 dólares por onça.
A recente recuperação dos mercados chineses pode sugerir um recuo na procura pelo metal precioso no país, já que quando o apetite pelo risco aumenta, os investidores afastam-se do ouro, tipicamente visto como um ativo de refúgio em tempos de incerteza.
Por outro lado, "os dados económicos mais fracos dos EUA deverão permitir que a Reserva Federal faça mais cortes e que o ouro suba para os 2.900 dólares por onça nos próximos 12 meses", referiu à Reuters Giovanni Staunovo, analista do UBS.
Os investidores aguardam esta semana pelas estatísticas de emprego dos EUA, incluindo os pedidos de subsídios de desemprego no país - que aumentaram em 142.000 na semana passada.
Os discursos do presidente da Reserva Federal (Fed) norte-americana, Jerome Powell, e da governadora Michelle Bowman, no final do dia desta segunda-feira, poderão lançar alguma luz sobre o rumo que os decisores de política monetária poderão seguir, o que poderá influenciar os preços do ouro.
Petróleo negoceia em terreno misto. Esperada terceira queda mensal consecutiva
O petróleo segue a negociar em terreno misto esta segunda-feira, enquanto aumentam as tensões no Médio Oriente - região que é responsável por cerca de um terço da produção mundial da matéria-prima. Os preços do crude estão em vias de cair pelo terceiro mês consecutivo. É esperado que as fortes perspetivas de oferta e a fraca procura na China ultrapassem os receios de que os ataques israelitas no Líbano e no Iémen possam vir a provocar uma escalada do conflito no Médio Oriente.
O West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – valoriza 0,87% para os 68,77 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – segue praticamente inalterado ao recuar 0,06% para os 71,94 dólares por barril.
Os preços da matéria-prima pouco se alteraram face ao anúncio de Pequim, na semana passada, de introduzir medidas de estímulo fiscal na segunda maior economia mundial e principal importador de petróleo. Os dados desta segunda-feira mostram que atividade industrial da China encolheu pelo quinto mês consecutivo e que o sector dos serviços abrandou acentuadamente em setembro, o que continua a apontar para uma fraca procura de "ouro negro" no país.
Em relação ao aumento das tensões no Médio oriente, Helima Croft da RBC Capital Markets disse à Reuters que suspeita "que alguns participantes no mercado petrolífero vão ignorar esta escalada, uma vez que ainda não houve uma grande interrupção do fornecimento [da região] e o Irão [ainda] não demonstrou qualquer vontade de entrar neste conflito".
Também na região, a perspetiva de recuperação da produção de petróleo da Líbia pesou no mercado. O parlamento do leste da Líbia concordou em aprovar a nomeação de um novo governador do banco central, o que poderá ajudar a acabar com a crise que suspendeu grande parte da produção de petróleo do país.
Wall Street arranca a semana em terreno misto. Powell discursa esta tarde
Wall Street arranca a primeira sessão da semana a negociar em terreno misto. Os investidores aguardam agora pelo discurso do presidente da Reserva Federal (Fed) norte-americana, Jerome Powell, que terá lugar esta tarde e no qual os "traders" procurarão pistas sobre a saúde da maior economia mundial.
O S&P 500 recua 0,06% para 5.735 pontos e o Dow Jones perde 0,26% para 42.202,36 pontos. Já o Nasdaq Composite segue a avançar 0,23% para 18.160,97 pontos.
O relatório da passada sexta-feira referente ao desemprego nos EUA é o principal destaque económico desta semana. Os pedidos de subsídio de desemprego aumentaram em 142.000, enquanto a taxa de desemprego poderá chegar aos 4,2%, de acordo com dados do Econoday citados pela Bloomberg.
Durante esta semana, os "traders" estarão atentos aos resultados trimestrais de várias empresas de peso, incluindo do operador de cruzeiros Carnival, da Nike, da Paychex e da Levi Strauss.
Nos principais movimentos de mercado, a Nvidia segue a ceder 0,44%, depois de ter fechado a sessão de sexta-feira a cair mais de 2%. Pequim está a aumentar a pressão sobre as empresas chinesas para que comprem chips de inteligência artificial produzidos localmente em vez dos chips da Nvidia, segundo noticiou a Bloomberg na sexta-feira, citando pessoas familiarizadas com o assunto.
Antecipando o primeiro semestre fiscal de 2025, a tecnológica estima que 11% do total de vendas de chips seja para a China, incluindo Hong Kong.
Durante esta semana, os "traders" estarão atentos aos resultados trimestrais de várias empresas de peso, incluindo do operador de cruzeiros Carnival, da Nike, da Paychex e da Levi Strauss.
Entre as restantes "big tech", a Apple avança 1,66%, a Alphabet valoriza 0,11% e a Meta ganha 0,26%. Por outro lado, a Amazon segue praticamente inalterada, assim como a Microsoft.
Europa pressionada por descida superior a 3% do setor automóvel
Os principais índices europeus estão a negociar em terreno negativo, depois de na sexta-feira o "benchmark" do Velho Continente, Stoxx 600, ter encerrado em máximos de fecho e ter tocado um recorde, acima dos 528 pontos.
O índice de referência do Velho Continente desvaloriza 0,51%, pressionado pelo setor automóvel, que cai mais de 3,5%, depois de a Volkswagen e a Stellantis terem reduzido as perspetivas de lucros para o acumulado do ano.
As ações da Stellantis afundam mais de 13% em Paris, depois de a empresa ter reduzido as perspetivas relativamente à margem de lucro. Já a Volkswagen cai 2,5%, após ter reduzido o "guidance" em termos de resultados pela segunda vez no ano. Ainda no setor automóvel, a Aston Martin tomba mais de 20%, depois de também ter reduzido as perspetivas nas contas.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax cede 0,39%, o francês CAC-40 desvaloriza 0,1,33%, o italiano FTSEMIB cai 1,23%, o britânico FTSE 100 perde 0,23% e o espanhol IBEX 35 recua 0,14%. Em Amesterdão, o AEX regista um decréscimo de 0,43%.
Juros agravam-se na Zona Euro
Os juros das dívidas soberanas do bloco europeu estão a agravar-se esta segunda-feira, com os investidores atentos ao discurso da presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, no comité dos assuntos económicos e monetários do Parlamento Europeu, em Bruxelas.
A "yield" da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, soma 4,5 pontos base para 2,725%, enquanto a rendibilidade da dívida espanhola sobe 4,6 pontos para 2,965%.
Por sua vez, a rendibilidade da dívida francesa e italiana regista um acréscimo de 4,7 pontos base para 2,964% e 3,493%.
Já a "yield" da dívida alemã, referência para a região, agrava-se 3,6 pontos, para 2,166%.
Por outro lado, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, somam 3,3 pontos base para 4,008%.
Eleições antecipadas no Japão penalizam iene
O dólar está a negociar sem tendência definida esta segunda-feira, com os investidores a aguardarem novos catalisadores relativamente ao futuro da política monetária.
O iene viu a sua mais recente valorização face ao dólar chegar ao fim depois de Shigeru Ishiba ter assumido a liderança dos liberais democratas, que controla o parlamento e, assim, chegado ao cargo de primeiro-ministro. Ainda assim, esta segunda-feira, Ishiba convocou eleições antecipadas para outubro, de modo a fortalecer a sua posição.
Apesar de, durante a campanha à liderança do partido, Ishiba se ter mostrado a favor de uma política monetária menos acomodatícia e de subidas das taxas de juro pelo Banco do Japão, os seus últimos comentários, enquanto membro do Governo favorecem uma política monetária mais flexível.
O iene recua 0,13% para 0,007 dólares, ao passo que cede 0,38% para 0,6275 euros.
Os analistas ouvidos pela Reuters explicaram que estes comentários foram suficientes para travar a forte subida do iene após a sua vitória e que as eleições antecipadas no próximo mês poderão pesar sobre o iene, pelo menos a curto prazo.
"Uma eleição basicamente tira o Banco do Japão da equação até dezembro, [o que implica] um iene marginalmente negativo", afirmou à Reuters Ray Attrill, estratega do National Australia Bank.
Ouro recua mas caminha para melhor trimestre em mais de oito anos
Os preços do ouro estão a recuar ligeiramente, mas ainda perto dos máximos históricos alcançados na semana passada. O metal está a caminho do melhor trimestre em mais de oito anos, impulsionado por uma descida "jumbo" das taxas de juro pela Reserva Federal, de 50 pontos base, e expectativas de uma nova descida da mesma dimensão em novembro.
O ouro cede 0,24% para 2.651,83 dólares por onça. O metal soma 14% desde o início do trimestre, a maior subida desde janeiro de 2016.
"O ouro ainda parece estar a caminho dos 2.700 dólares por onça se os dados do mercado de trabalho esta semana se alinharem com as perspetivas de mais 75 pontos base de cortes de juros até o final do ano ", afirmou à Reuters Tim Waterer, analista da KCM Trade.
Petróleo em alta à boleia do conflito no Médio Oriente
Os preços do petróleo estão a valorizar pela segunda sessão consecutiva à boleia de receios de uma nova escalada no Médio Oriente que poderá gerar disrupções na produção desta matéria-prima.
A esta hora, o West Texas Intermediate (WTI), de referência para os Estados Unidos, soma 0,4%, para os 68,45 dólares por barril. Já o Brent, de referência para o continente europeu, avança 0,54% para 72,37 dólares.
Na semana passada, os dois índices desvalorizaram devido a preocupações com os níveis de procura na China, mesmo depois de Pequim ter divulgado novas medidas de estímulo para a segunda maior economia mundial.
Os preços estão agora a ser impulsionados pela possibilidade de que um alastrar do conflito no Médio Oriente possa envolver o Irão, um produtor-chave e membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), depois de Israel ter intensificado os ataques ao Hezbollah e aos Houthis, duas das milícias que apoia.
Futuros da Europa em queda ligeira. Ásia mista
Os principais índices europeus estão a apontar para um início de sessão em terreno negativo, depois de o Stoxx 600, o índice de referência europeu, ter terminado a sessão de sexta-feira a tocar em máximos históricos, acima dos 528 pontos.
Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 recuam 0,3%.
Na Ásia, os principais índices negociaram mistos, com as praças chinesas maioritariamente em alta e as japonesas em forte queda.
As perdas no Japão foram aprofundadas depois de a vitória de Shigeru Ishiba ter "trocado as voltas" aos investidores, forçando-os a reduzir posições que tinham sido construídas com base nas perspetivas de que Sanae Takaichi se tornaria a nova primeira-ministra e encorajaria o Banco do Japão a manter as taxas de juro baixas.
Pela positiva, o índice chinês CSI 300 registou a maior subida desde 2015 ao ganhar 7,82% e caminha para um "bull market", com o sentimento dos investidores a ganhar ímpeto de novas medidas de estímulo do governo.
"As alocações regionais podem ser ajustadas para favorecer a China, particularmente porque as ações japonesas enfrentam pressões devido ao aumento da força do iene após a vitória de Ishiba nas eleições", disse à Bloomberg Derek Tay, diretor de investimentos da Kamet Capital Partners.
Pela China, o Hang Seng, em Hong Kong, ganha 3,45% e o Shanghai Composite pula 7,79%. No Japão, o Nikkei caiu 4,8% e o Topix subiu 3,47%. Já na Coreia do Sul, o Kospi regista um decréscimo de 2,13%.