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Abertura dos hipermercados ao domingo eleva entre 4% a 5% vendas do Continente

A abertura dos hipermercados aos domingos deverá elevar entre 4% a 5% as vendas da Sonae SGPS, estimam os analistas do Espírito Santo Equity Research (ESER). No EBITDA, o impacto estimado é entre 5% a 6%. Para a Jerónimo Martins, esta notícia tem um impacto limitado.

18 de Outubro de 2010 às 10:47
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O decreto que autoriza a abertura dos hipermercados entre as 6 e as 24 horas todos os dias da semana foi publicado em Diário da República, na passada-sexta-feira. O diploma entrou em vigor sábado, pelo que a abertura ao domingo e feriados, da parte da tarde, passa a ser possível.

As câmaras municipais têm 180 dias, a partir de então, para elaborarem ou reverem os regulamentos municipais sobre os horários de funcionamento dos estabelecimentos comerciais. Até lá, os hipermercados vão poder abrir aos domingos à tarde.

Filipe Rosa, analista do ESER, qualifica esta notícia de “ligeiramente positiva para a Sonae pois, de acordo com as nossas estimativas, a sua marca de hipermercados, o Continente deverá beneficiar de um aumento de 4% a 5% das vendas e um impacto ligeiramente superior no EBITDA (5%/6%), através da diluição dos custos fixos, começando no próximo ano”.

Em termos de avaliação, o impacto é “diluído” pelo facto de o Continente representar apenas 27,5% das vendas da “holding” liderada por Paulo Azevedo.

No caso da Jerónimo Martins, “o Pingo Doce tem uma sobreposição de hipermercados mais elevada, mas esperamos que o impacto geral nas vendas seja limitado, nomeadamente em termos de avaliação”, acrescenta o analista do ESER no "Iberian Daily" de hoje.

Para a Sonae SGPS, a recomendação do ESER é de “comprar” enquanto o preço-alvo é de 1,10 euros. O mesmo banco de investimento atribui um “rating” de “neutral” para a Jerónimo Martins e uma avaliação de 10,9 euros por acção.

BPI antecipa impacto "positivo" para a Sonae SGPS e "neutral" para a JM
Também os analistas do BPI consideram que o impacto desta notícia é “positivo, mas esperado” para a Sonae SGPS e “neutral” para a Jerónimo Martins.

Eduardo Coelho e José Rito avançam, no “Iberian Daily” de hoje, que “a Sonae deverá beneficiar fortemente desta medida pois os seus hipermercados (Continente) representam cerca de 50% das suas receitas na área de retalho alimentar e as receitas que se espera sem geradas durante as tardes de domingo deverão mais do que compensar a quebra esperada das receitas nos supermercados (Modelo)”.

Segundo os analistas do BPI, esta medida pode representar receitas anuais adicionais de cerca de 80 milhões de euros. Por outro lado, os centros comerciais da Sonae Sierra em Portugal também deverão beneficiar de uma maior circulação de pessoas.

Contudo, os mesmos especialistas antecipam um impacto “de um modo geral, neutral” para a retalhista liderada por Pedro Soares dos Santos. O BPI justifica esta posição com a conversão gradual do Feira Nova em supermercados Pingo Doce, o que se tem traduzido numa redução da área de venda.

Por outro lado, os hipermercados representam apenas 4% das receitas consolidadas da Jerónimo Martins. O banco de investimento acredita também que o Pingo Doce “pode sofrer de uma ligeiramente maior concorrência durante este período de tempo”.

O BPI tem as acções da Sonae SGPS sob revisão. À Jerónimo Martins confere uma recomendação de “manter” e um preço-alvo de 9,90 euros.

Em bolsa, as empresas seguem trajectórias distintas. Enquanto a Sonae SGPS soma 0,36% para os 0,841 euros, a Jerónimo Martins recua 0,21% para os 9,751 euros.


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