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Abertis não vende posição na Brisa à cotação actual

Grupo espanhol salientou esta terça-feira, dia da assembleia geral, a intenção de se "envolver mais" na empresa portuguesa e ajudá-la a recuperar algum do valor que perdeu em bolsa nos últimos meses.

29 de Março de 2012 às 16:53
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A Abertis acabou por reforçar na Brisa para 15,03%, tendo ainda esta semana o conselheiro delegado do grupo espanhol, Francisco Reynés, afirmado, à margem da assembleia geral do grupo, que "financeiramente a Brisa não é um activo disponível para venda e, enquanto estiver neste valor, não a venderemos”. "Sobre o futuro, só o futuro dirá", acrescentou o presidente da empresa espanhola, Salvador Alemany, citado pela Lusa. As acções da Brisa fecharam a sessão a cair 0,64% para 2,346 euros.

Reynés considerou que as "participações não industriais têm de ter sentido de oportunidade", sendo que a Brisa "perdeu, nos últimos meses, mais de 50% do seu valor em bolsa".

"Queremos trabalhar conjuntamente com o resto dos accionistas para recuperar esse valor em bolsa. Dentro desse marco e de estratégia a curto prazo, a vontade da Abertis é envolver-se mais na empresa para tentar ajudar a recuperar o valor que intrinsecamente têm todos e cada um dos seus activos", disse.


A aquisição de mais 2,5 milhões de acções da Brisa por parte da Abertis, concretizada no final da semana passada, servirá para se "envolver mais" na empresa e ajudá-la a recuperar algum do valor que perdeu em bolsa nos últimos meses, disse o conselheiro delegado do grupo espanhol.
Questionado sobre se a participação pode ser vendida, Reynés insistiu que esse objectivo não está na mente da Abertis.

A Abertis alterou no ano passado a sua estratégia na Brisa, passando a considerá-la participação em entidade associada e não como activo disponível para venda.
Esta alteração do método de contabilização permitiu ao grupo espanhol evitar o registo de uma imparidade de cerca de 238 milhões, uma vez que a concessionária portuguesa perdeu no ano passado mais de metade do seu valor em bolsa.

Em 2010, quando a CVC entrou na Abertis, a espanhola manifestou a intenção de vender a sua participação na Brisa, assim como os 6,7% que detinha na italiana Atlantia, tendo apenas concretizado esta última.
Em Julho de 2010, na apresentação dos resultados da Brisa do primeiro semestre desse ano aos analistas, Vasco de Mello disse haver interesse mútuo em que a alienação da participação da Abertis na concessionária portuguesa fosse feita da forma mais organizada possível.
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