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A crise é agravada pela "demagogia intolerável do primeiro-ministro"

Alexandre Soares Santos, que foi esta manhã um dos oradores do Congresso da Associação Portuguesa das Empresas Familiares, fez uma intervenção muito dura, distribuindo críticas às confederações empresariais, aos partidos políticos, aos sindicatos e ao primeiro-ministro.

11 de Fevereiro de 2009 às 12:36
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Alexandre Soares Santos, que foi esta manhã um dos oradores do Congresso da Associação Portuguesa das Empresas Familiares, fez uma intervenção muito dura, distribuindo críticas às confederações empresariais, aos partidos políticos, aos sindicatos e ao primeiro-ministro.

“Chegou a altura de dizer basta, de nos organizarmos porque a iniciativa privada em Portugal não tem ninguém que a represente minimamente. Existem umas tantas confederações que não são mais que emprego certo para umas tantas pessoas. Não falam por nós, estão ligadas ao poder e só nos prejudicam. Temos que ser uma voz activa independente”, sublinhou o responsável.

No actual contexto, a crise financeira, acrescenta Alexandre Soares dos Santos, será a mais fácil de resolver e o tempo disso se encarregará. Mas para o fundador da Jerónimo Martins, Portugal enfrenta outras crises muito mais graves e que são “importantíssimas”.

“Enfrentamos uma crise social enorme que está a ser ainda pior devido à acção dos políticos. Ainda no outro dia ouvi um político na televisão a falar do capital como uns malandros que tudo estragam e nada estão a fazer. Esquecem-se que 25 de Abril houve um, não dois. A iniciativa privada não tem que aturar isto e, se assim for, passem muito bem que nós temos para onde ir.”

A crise, diz também, é ainda agravada pela “demagogia intolerável do primeiro-ministro”, quando vem falar em como os ricos deveriam ajudar os pobres. José Sócrates anunciou no fim de semana que pretende aliviar a carga fiscal da classe média.

Também os sindicatos foram alvo da crítica de Alexandre Soares dos Santos. “É pena que tenhamos sindicatos que incentivam à greve numa altura em que as empresas estão mal. É uma atitude retrógrada e cretina e que mais que prejudicar o país prejudica os associados sindicais”, lamentou.

Por fim nem o Parlamento escapou à onda de críticas do empresário. “Temos um parlamento que nada discute, nada controla”.


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