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15 arguidos em esquema de offshores que envolve instituição bancária

A Polícia Judiciária, através da Directoria de Coimbra, enviou para o Ministério Público uma investigação que envolve contas bancárias canalizadas para as Ilhas Caimão por um banco a operar em Portugal. Em causa estão 4,5 milhões de euros e 15 arguidos.

03 de Fevereiro de 2009 às 14:53
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A Polícia Judiciária, através da Directoria de Coimbra, enviou para o Ministério Público uma investigação que envolve contas bancárias canalizadas para as Ilhas Caimão por um banco a operar em Portugal. Em causa estão 4,5 milhões de euros e 15 arguidos.

De acordo com um comunicado da PJ, a investigação permitiu detectar um “esquema envolvendo contas bancárias em ‘offshore’ de uma instituição bancária a operar em Portugal e dos seus clientes, os quais, com a sua actuação, praticaram factos susceptíveis de integrarem a prática de crimes de fraude fiscal qualificada e de branqueamento de capitais”.

O método envolvia o depósito de valores monetários na sucursal que a instituição bancária possui nas Ilhas Caimão. A investigação apurou que, entre 2000 e 2005, foi depositado um montante global superior a 4.500.000 euros, tendo sido já repostos, voluntariamente pelos suspeitos, cerca de 132.000 euros.

“A investigação desta actividade ilícita iniciou-se em 2007 e implicou a realização de um elevado número de diligências probatórias, formalizadas em vinte e dois volumes, tendo sido constituídos quinze arguidos”, detalha a PJ.

Fonte oficial da Directoria de Coimbra garante que os 15 arguidos são todos depositantes, não tendo sido apurados factos que indiciem má actuação por parte da entidade bancária em causa. A rede de agências deste banco – a PJ não revela o nome – na zona de Coimbra aconselhava os depósitos em “offshores” mas informava os seus clientes de que teriam que cumprir as suas obrigações fiscais, declarando em sede de IRS os valores depositados e os rendimentos auferidos.

As investigações tiveram início em 2007 e chegaram agora ao fim, com a entrega de um processo de 22 volumes ao Ministério Público que decidirá se avança, ou não, com as acusações. O processo foi apenas conduzido na zona de Coimbra e a Polícia Judiciária afirma não ter “indícios fortes” de que esta tenha sido uma prática generalizada nas agências do referido banco em outras zonas do território nacional.





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