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10,5 euros é “o preço da paz”
O conselho de administração da Sonaecom afirma, no comunicado hoje divulgado, que a revisão da contrapartida na OPA à PT para 10,5 euros deve-se à intransigência de alguns accionistas em vender ao anterior preço. A nova oferta pretende pacificar as relaçõ
O conselho de administração da Sonaecom afirma, no comunicado hoje divulgado, que a revisão da contrapartida na OPA à PT para 10,5 euros deve-se à intransigência de alguns accionistas em vender ao anterior preço. A nova oferta pretende pacificar as relações com a administração da Portugal Telecom e também com os principais accionistas.
A Sonaecom esclarece no comunicado que depois do longo contacto directo que manteve com os accionistas da verificou que "alguns não se encontram realmente disponíveis para vender as suas acções ao preço de 9,50 euros", o que tornava o desfecho da operação "mais incerto".
A administração liderada por Paulo Azevedo afirma ainda que as informações colhidas durante o "roadshow" e recentes declarações de accionistas de referência da PT, permitiram perceber que o valor da contrapartida era "já o único detalhe que impede a presente oferta de alcançar um consenso generalizado junto da totalidade dos stakeholders".
A subida do preço é encarada como uma "oportunidade de pacificação", que "foi considerada como muito relevante pela Sonaecom". Apesar de considerar que nada mudou na avaliação da Portugal Telecom, a empresa de telecomunicações do grupo Sonae entende que "entre as variáveis a atender na fixação definitiva do preço passou a assumir grande preponderância a possibilidade de obter um clima pacífico e tranquilo para uma oferta que, até aqui, foi sempre classificada como hostil, designadamente pela administração da PT".
"Importava saber, por isso, não tanto se 9,50 euros por acção constitui um preço e um prémio justos, mas até onde a Sonaecom e os seus accionistas estão dispostos a ir na atribuição do valor implícito na operação aos accionistas da PT, por forma a assegurar o sucesso da oferta nas condições de consenso que agora se antevêem como alcançáveis", afirma o conselho de administração
Nova contrapartida é definitiva
A Sonaecom deixa claro no comunicado que a nova contrapartida é definitiva. O preço oferecido fica "fixado de forma definitiva". "A Sonaecom desde já renuncia irrevogavelmente à possibilidade de proceder à sua revisão, para o caso de se entender que essa faculdade lhe assistiria de acordo com as normas legais e regulamentares em vigor", afirma o conselho de administração no comunicado.
A administração da operadora afirma mesmo que o preço de 10,5 euros é o limite: "É o preço da paz".
"Esta é a prova da vontade férrea da Sonaecom de concluir com sucesso a oferta e de cumprir os compromissos assumidos com as autoridades regulatórias, os consumidores e o próprio Estado", termina o comunicado.