Notícia
Varandas: "Sporting não pode desperdiçar oportunidade de mudar o paradigma"
O dirigente 'leonino' agradeceu a dureza dentro de campo e a dificuldade que os dois rivais (FC Porto e Benfica) puseram na conquista do conjunto 'verde e branco', que foi "obrigado a superar-se a cada jornada e a bater recordes atrás de recordes".
20 de Maio de 2021 às 22:12
O presidente do Sporting, Frederico Varandas, afirmou hoje que o clube "não pode desperdiçar a oportunidade de mudar o paradigma" e de "estar no topo do futebol português" dentro de dois a três anos, após sagrar-se campeão nacional.
"Ao longo da minha vida, vi acentuar-se a bipolarização do futebol português. Este é o momento histórico em que o Sporting não pode desperdiçar a oportunidade de mudar o paradigma. Jamais prometeria que vamos ser campeões para o ano, mas posso prometer que, se o Sporting tiver cabeça fria, juízo, união e competência, tem tudo para, dentro de dois a três anos, estar no topo do futebol português", expressou.
O Sporting foi hoje recebido na Câmara Municipal de Lisboa numa cerimónia de homenagem aos novos campeões nacionais de futebol, que não contou com a presença de adeptos devido à pandemia de covid-19, apenas convidados.
A discursar na Praça do Município, para cerca de uma centena de convidados, Frederico Varandas afirmou que os 'leões' terão de "continuar a subir os degraus de décadas de insucesso", mas, a continuar este caminho, "o Sporting será cada vez mais competitivo, mais forte financeiramente e com cada vez mais títulos".
"Foi um percurso difícil, onde sempre disse que não podíamos vencer os nossos rivais, com o atraso que tínhamos, à custa do poder, do dinheiro e da força, mas sim pela inteligência. Teve de ser pela inteligência, mas também com muita resiliência, convicção e, sobretudo, nunca ceder ao populismo e ao ruído que vem do exterior", sublinhou.
O dirigente 'leonino' agradeceu a dureza dentro de campo e a dificuldade que os dois rivais (FC Porto e Benfica) puseram na conquista do conjunto 'verde e branco', que foi "obrigado a superar-se a cada jornada e a bater recordes atrás de recordes".
"Cada clube tem a sua estratégia de comunicação e é legítimo. Para uns, não venceram porque foi o único clube do mundo a sofrer com a covid-19. Outro, porque tiveram apenas 16 penáltis. Mas todos eles sabem que o Sporting venceu por ter sido o mais competente", atirou.
Aludindo às suspeitas de que já foram alvo os presidentes dos dois clubes adversários, Pinto da Costa e Luís Filipe Vieira, Frederico Varandas foi taxativo ao colocar o título do Sporting "para além de uma vitória no campo desportivo".
"Quando hoje acordamos e vemos mais notícias de suspeição e de corrupção, esta vitória é uma luz ao fundo do túnel. É, acima de tudo, um alento e uma esperança para muita gente. Hoje é daqueles dias em que pais ou avós podem chegar a casa e dizer aos filhos ou netos que os do bem também têm força, coragem, resiliência e que, sobretudo, também ganham. É possível vencer sem abdicar da honra, decência, integridade, transparência e nobreza do desportivismo", disse.
Os festejos em Lisboa, na noite da consagração, foram alvo de muitas críticas, face aos confrontos existentes entre adeptos e polícia, tanto no Estádio José Alvalade, como na Praça do Marquês de Pombal, num espetáculo que Frederico Varandas ouviu alguém dizer ter sido "degradante", embora não concorde.
"É verdade que houve excessos impossíveis de conter, tal a dimensão do clube e do sentimento pelo título que escapou durante 19 anos. Degradante é estar envolto em escutas, ouvir a minha voz em escutas de corrupção há anos e anos. Isso é que é para nós degradante", frisou.
Frederico Varandas considerou que "a melhor maneira de definir a união deste grupo é ver meninos que tiveram de crescer à força e tornar-se homens e, depois, ver homens que jogam com a alegria de miúdos", num equilíbrio e mistura que apelidou de "fantástico e imparável".
O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, ressalvou a "inteira justiça" da vitória 'leonina' e lembrou que a autarquia lisboeta "nunca deixou de celebrar e receber os seus campeões", num ano em que o Sporting juntou os títulos europeus de futsal e hóquei em patins ao campeonato nacional de futebol.
"Sei bem o orgulho que os sportinguistas têm no ecletismo do seu clube e este é um momento de particular felicidade. Isto decorre no ano exato em que Lisboa é capital europeia do desporto e o Sporting está a dar um notável contributo para o nosso sucesso", vincou.
O autarca do Partido Socialista parabenizou todos os jogadores, "muitos saídos da formação do Sporting, que prometem um grande futuro ao futebol nacional e que confirmam que a aposta na formação é o esforço de um ADN estrutural do clube", bem como o treinador Rúben Amorim, 'alfacinha' de gema e que trouxe "uma lufada de ar fresco ao futebol português".
"Este é, indiscutivelmente, um ano gravado a ouro na já longa vida do Sporting. Esse é um crédito que ninguém pode negar. As vitórias não são fruto do acaso, nem caem do céu. São fruto do trabalho, competência e método", concluiu Fernando Medina.
Antes dos discursos protocolares, a comitiva deslocou-se à varanda dos Paços do Concelho para exibir o troféu e aplaudir os presentes, numa cerimónia que durou cerca de 45 minutos.
"Ao longo da minha vida, vi acentuar-se a bipolarização do futebol português. Este é o momento histórico em que o Sporting não pode desperdiçar a oportunidade de mudar o paradigma. Jamais prometeria que vamos ser campeões para o ano, mas posso prometer que, se o Sporting tiver cabeça fria, juízo, união e competência, tem tudo para, dentro de dois a três anos, estar no topo do futebol português", expressou.
A discursar na Praça do Município, para cerca de uma centena de convidados, Frederico Varandas afirmou que os 'leões' terão de "continuar a subir os degraus de décadas de insucesso", mas, a continuar este caminho, "o Sporting será cada vez mais competitivo, mais forte financeiramente e com cada vez mais títulos".
"Foi um percurso difícil, onde sempre disse que não podíamos vencer os nossos rivais, com o atraso que tínhamos, à custa do poder, do dinheiro e da força, mas sim pela inteligência. Teve de ser pela inteligência, mas também com muita resiliência, convicção e, sobretudo, nunca ceder ao populismo e ao ruído que vem do exterior", sublinhou.
O dirigente 'leonino' agradeceu a dureza dentro de campo e a dificuldade que os dois rivais (FC Porto e Benfica) puseram na conquista do conjunto 'verde e branco', que foi "obrigado a superar-se a cada jornada e a bater recordes atrás de recordes".
"Cada clube tem a sua estratégia de comunicação e é legítimo. Para uns, não venceram porque foi o único clube do mundo a sofrer com a covid-19. Outro, porque tiveram apenas 16 penáltis. Mas todos eles sabem que o Sporting venceu por ter sido o mais competente", atirou.
Aludindo às suspeitas de que já foram alvo os presidentes dos dois clubes adversários, Pinto da Costa e Luís Filipe Vieira, Frederico Varandas foi taxativo ao colocar o título do Sporting "para além de uma vitória no campo desportivo".
"Quando hoje acordamos e vemos mais notícias de suspeição e de corrupção, esta vitória é uma luz ao fundo do túnel. É, acima de tudo, um alento e uma esperança para muita gente. Hoje é daqueles dias em que pais ou avós podem chegar a casa e dizer aos filhos ou netos que os do bem também têm força, coragem, resiliência e que, sobretudo, também ganham. É possível vencer sem abdicar da honra, decência, integridade, transparência e nobreza do desportivismo", disse.
Os festejos em Lisboa, na noite da consagração, foram alvo de muitas críticas, face aos confrontos existentes entre adeptos e polícia, tanto no Estádio José Alvalade, como na Praça do Marquês de Pombal, num espetáculo que Frederico Varandas ouviu alguém dizer ter sido "degradante", embora não concorde.
"É verdade que houve excessos impossíveis de conter, tal a dimensão do clube e do sentimento pelo título que escapou durante 19 anos. Degradante é estar envolto em escutas, ouvir a minha voz em escutas de corrupção há anos e anos. Isso é que é para nós degradante", frisou.
Frederico Varandas considerou que "a melhor maneira de definir a união deste grupo é ver meninos que tiveram de crescer à força e tornar-se homens e, depois, ver homens que jogam com a alegria de miúdos", num equilíbrio e mistura que apelidou de "fantástico e imparável".
O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, ressalvou a "inteira justiça" da vitória 'leonina' e lembrou que a autarquia lisboeta "nunca deixou de celebrar e receber os seus campeões", num ano em que o Sporting juntou os títulos europeus de futsal e hóquei em patins ao campeonato nacional de futebol.
"Sei bem o orgulho que os sportinguistas têm no ecletismo do seu clube e este é um momento de particular felicidade. Isto decorre no ano exato em que Lisboa é capital europeia do desporto e o Sporting está a dar um notável contributo para o nosso sucesso", vincou.
O autarca do Partido Socialista parabenizou todos os jogadores, "muitos saídos da formação do Sporting, que prometem um grande futuro ao futebol nacional e que confirmam que a aposta na formação é o esforço de um ADN estrutural do clube", bem como o treinador Rúben Amorim, 'alfacinha' de gema e que trouxe "uma lufada de ar fresco ao futebol português".
"Este é, indiscutivelmente, um ano gravado a ouro na já longa vida do Sporting. Esse é um crédito que ninguém pode negar. As vitórias não são fruto do acaso, nem caem do céu. São fruto do trabalho, competência e método", concluiu Fernando Medina.
Antes dos discursos protocolares, a comitiva deslocou-se à varanda dos Paços do Concelho para exibir o troféu e aplaudir os presentes, numa cerimónia que durou cerca de 45 minutos.