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Superliga: Sindicato assume defender classe dos futebolistas "como um todo"

O Sindicato dos Jogadores de Portugal uniu-se hoje à FIFPro e assumiu a posição de representar a classe dos futebolistas "como um todo", quer os que se mantenham, quer os que integrem os clubes da Superliga.

19 de Abril de 2021 às 21:56
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"No que respeita aos jogadores, a FIFPro e o Sindicato dos Jogadores assumem a posição de representar os futebolistas como um todo, quer os que ficam prejudicados pela quebra de receitas nos seus clubes e ligas, quer os que, sendo trabalhadores dos clubes que agora decidiram juntar-se a uma nova competição, não foram envolvidos no processo de decisão, sendo, por isso, inaceitável que recaiam sobre eles as sanções previstas", pode ler-se numa nota emitida pelo Sindicato dos Jogadores.

O sindicato liderado por Joaquim Evangelista defende que "a suspensão da participação nas seleções nacionais, ou mesmo outras limitações à liberdade contratual, não devem ser consideradas como resposta ao que está a acontecer. A FIFPro irá, por isso, fazer a defesa da classe como um todo, ouvindo e dando voz aos jogadores abrangidos pelos dois lados desta história".

Aqele organismo subscreveu ainda a posição tomada hoje pela FIFPro -- World Players' Union, bem como as manifestações de diversas organizações desportivas e representantes da Comissão Europeia e do Parlamento Europeu contra os objetivos de uma Superliga Europeia.

Na nota, Joaquim Evangelista, também membro do Board da Divisão Europa da FIFPro, considera a decisão "egoísta e inoportuna, por traduzir um projeto de cartelização pelos gigantes do futebol europeu, que, seguindo os interesses dos seus investidores/donos, projetam uma nova competição como forma de aumentar exponencialmente os lucros. Num momento de necessária unidade e reforço dos mecanismos de solidariedade para debelar o impacto tremendo desta pandemia (Covid-19), surge uma decisão em perfeito contraciclo".

"Os clubes envolvidos demonstraram um completo desrespeito pela lógica de solidariedade na distribuição de receitas e pela promoção do futebol como instrumento de desenvolvimento social. É, por isso, impossível entender que a Superliga Europeia seja uma solução benéfica para os jogadores como coletivo profissional, colocando potencialmente em causa oportunidades de emprego e profissionalização por toda a Europa, com a desvalorização dos clubes e ligas nacionais", acrescenta a nota.
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