O Real Madrid quer que seja anulada a decisão da Comissão Europeia, tomada em 2016, de exigir ao clube a devolução de 18,4 milhões de euros em ajudas públicas, avança o El Economista. O Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE) vai realizar, esta quarta-feira, uma audiência para analisar este pedido do clube madrileno.

Foi há cerca de dois anos que as autoridades europeias concluíram, depois de três investigações aprofundadas, que o Real Madrid, mas também o Barcelona, Valência, Atlético de Bilbao, Osasuna, Elche e Hercules, foram alvo de benefícios de vários tipos que os colocaram numa posição de vantagem injusta perante outras organizações desportivas de Espanha.

A primeira investigação incidiu sobre benefícios fiscais concedidos ao Real Madrid, Barcelona, Atlético de Bilbao e Atlético Osasuna, por deterem o estatuto de entidades sem fins lucrativos, em vez de sociedades anónimas, como é considerada a generalidade dos clubes em Espanha. Esta excepção permitia-lhes usufruir de uma taxa 5% abaixo daquela que é cobrada aos lucros dos clubes de futebol.

Numa segunda investigação, a Comissão analisou uma transferência de um terreno entre o Real Madrid e a capital espanhola. Este inquérito concluiu que o clube recebeu um benefício de 18,4 milhões de euros por um negócio que acabou por não se concretizar.

A última investigação da Comissão Europeia analisou garantias dadas pelo público IVF (Instituto Valenciano de Finanzas) para empréstimos concedidos ao Valencia, Hercules e Elche, numa altura em que passavam por dificuldades financeiras.