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Principais equipas de futebol da Europa estão em gestão de crise e contra a UEFA
Com as restrições impostas aos adeptos futebolísticos e com as exigências das emissoras, as receitas dos clubes de futebol europeus diminuíram, o que levou a um aumento das preocupações.
Habituadas a gastar grande parte das suas receitas na aquisição de novos e dispendiosos jogadores, as equipas de futebol não têm agora meios financeiros para fazer face às suas perdas financeiras.
Devido aos constrangimentos causados pela Covid-19, o modelo de negócio dos clubes de futebol está ameaçado. Os adeptos não podem entrar nos estádios e as emissoras pedem descontos pelos jogos cancelados.
Os clubes mais ricos do mundo estão a tentar manter firme o seu negócio, numa altura em que investidores privados tentam comprar ativos e os negócios lucrativos de direitos de media se estão a desfazer.
A competição de futebol mais rica e vista da Europa, a UEFA Champions League, está a ser alvo de críticas por parte de algumas das maiores equipas de futebol, como o Manchester United e o Liverpool, que querem garantir as suas vagas e, consequentemente, receber os prémios monetários. A UEFA exige que os clubes se classifiquem anualmente, tal como ocorre atualmente na Liga dos Campeões, no entanto, nem todas as equipas estão de acordo e pretendem manifestar-se formalmente num comunicado que será divulgado ainda este mês, de acordo com a Sky News.
Com os pagamentos dos direitos de emissão em risco, os clubes viram-se obrigados a apertar o cinto e diminuir os seus gastos com o plantel. Nos jogadores da Premier League foram gastos esta temporada menos 7% do que na anterior. O que para Kieran Maguire, professor de finanças do futebol na Liverpool University, pode levar a que "os fãs olhem para o futebol não como um jogo baseado na integridade desportiva, mas como um jogo focado nos resultados financeiros", disse à Bloomberg.