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Nuno Pombo: "Cresci praticamente com um ferro de soldar na mão"

No segundo programa do videocast Campeões nos Negócios, Nuno Pombo, atleta de tiro com arco, que teve três presenças nos Jogos Olímpicos (Atlanta 1996, Sydney 2000 e Pequim 2008), conta como fundou a Nocktronics, uma empresa de tecnologias de informação, que tem como um dos principais clientes a Fertagus.

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25 de Junho de 2024 às 18:00
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Começou a praticar a modalidade aos 11 anos. Aos 13 já era uma coisa séria. "O segredo do tiro com arco está na mente e não no físico", revela Nuno Pombo.

Esta modalidade deu-lhe a capacidade de aprender uma série de estratégias não só para se acalmar como para enfrentar desafios. Os atletas olímpicos têm de ser "extremamente focados" e perceber o que fazer para serem melhores. Conseguem estabelecer objetivos e "perceber que às vezes mais vale dar um passo um pouco atrás para dar dois passos à frente". E, acrescenta Nuno Pombo, "trabalhar em equipa é fundamental" porque é isso que faz uma empresa crescer.

O arqueiro confessa que estudar engenharia electrotécnica na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa e competir ao mesmo tempo foi muito difícil.

Para se poder preparar para ir aos Jogos de Pequim em 2008 elaborou um "plano de negócios" que apresentou primeiro ao presidente da Associação de Estudantes da faculdade que o aprovou. Depois, foram juntos bater à porta do diretor. Não só recebeu financiamento como lhe foram disponibilizados dois locais para poder treinar no campus no intervalo das aulas. Foi assim que se preparou para os Jogos Olímpicos de Pequim.

"Achei que era a minha obrigação retornar algo à faculdade, então decidi fundar o núcleo de tiro com arco, que existe ainda hoje".

Tinha muito claro na sua mente quando iria sair da alta competição. Era quando já não se estivesse a divertir. "No fundo, queria ir aos meus quartos Jogos Olímpicos para para ganhar. E percebi que não tinha condições para isso", admite.

No mundo do desporto, "chega-se cada vez mais tarde ao mercado de trabalho" e "percebi que era agora ou nunca".

A eletrónica também era uma grande paixão e o pai já trabalhava na área. "Eu cresci praticamente com ferro de soldar na mão", diz entre risos. E isso sempre funcionou como um escape à competição.

"Qualquer pessoa - seja empresário, seja alguém ligado ao desporto - precisa de ter algo que seja o seu escape para encontrar uma harmonia. No meu caso, era trabalhar em eletrónica e sempre soube que isso seria o meu futuro."

Começou por fazer projetos em regime de "outsourcing" como empresário em nome individual e depois fundou uma empresa com mais dois sócios que tinha clientes na indústria. Mais tarde, em 2017 decidiu sair da sociedade e abrir uma nova empresa, a Nocktronics.
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