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Domingos Soares de Oliveira: "Ninguém pode ficar triste por receber 120 milhões de euros"
CEO do Benfica explica contornos das negociações com o Atlético Madrid por João Félix
Negócios
01 de Agosto de 2019 às 12:50
Domingos Soares de Oliveira explicou os contornos da transferência de João Félix para o Atlético Madrid. Numa longa entrevista publicada na edição de agosto da revista 'Exame', o CEO do Benfica sublinhou que preferia ter 'segurado' o jovem avançado, mas o valor e as condições do negócio não eram possíveis de recusar.
"Ninguém pode ficar triste por receber 120 milhões de euros. Tivemos anos em que as transferências andavam à volta dos 80-100 milhões de euros, mas sempre com muitos jogadores. Mesmo este exercício que terminou agora, a 30 de junho, terá um montante significativo do ponto de vista de venda dos jogadores, portanto um único negócio que faça 120 milhões é impossível dizer que não é bom. Agora, nós vivemos hoje uma realidade económica que nos deveria permitir dizer 'não' a determinadas vendas e estar a reter jogadores. (...) Teria preferido muito mais que o jogador ficasse aqui um ou dois anos em vez de o deixar sair já. Para nós, para o jogador - não sei se para o At. Madrid - , teria sido uma situação mais desejável. Mas a vontade do jogador é uma vontade importante, tem de ser respeitada. (...) O Benfica recebe 120 milhões a pronto, portanto não adianta dizer se estamos contentes ou não", afirmou.
E explicou os contornos do pagamento: "O At. Madrid, pela construção do seu estádio e pelo endividamento associado, não tinha condições para fazer o pagamento a pronto, mas explicou-nos que tinha um parceiro económico que, em função de determinados pressupostos, faria o desconto do valor que o Atlético pagaria ao longo de dois anos, então aceitámos".
Questionado sobre se o Benfica poderia ter dito que não aos colchoneros pelo facto de não ter condições de pagar de imediato, Soares de Oliveira sublinhou que "ninguém faz isso". "Se nós quiséssemos ser totalmente intransigentes, o que teríamos dito é que é o jogador que tem de depositar o cheque de 120 milhões nas contas do Benfica. Mas não há quem faça isso, talvez no negócio do Neymar, do Barcelona para o PSG, mas não estou seguro. Poderíamos ter seguido esse caminho. Não o fizemos".
"Ninguém pode ficar triste por receber 120 milhões de euros. Tivemos anos em que as transferências andavam à volta dos 80-100 milhões de euros, mas sempre com muitos jogadores. Mesmo este exercício que terminou agora, a 30 de junho, terá um montante significativo do ponto de vista de venda dos jogadores, portanto um único negócio que faça 120 milhões é impossível dizer que não é bom. Agora, nós vivemos hoje uma realidade económica que nos deveria permitir dizer 'não' a determinadas vendas e estar a reter jogadores. (...) Teria preferido muito mais que o jogador ficasse aqui um ou dois anos em vez de o deixar sair já. Para nós, para o jogador - não sei se para o At. Madrid - , teria sido uma situação mais desejável. Mas a vontade do jogador é uma vontade importante, tem de ser respeitada. (...) O Benfica recebe 120 milhões a pronto, portanto não adianta dizer se estamos contentes ou não", afirmou.
Questionado sobre se o Benfica poderia ter dito que não aos colchoneros pelo facto de não ter condições de pagar de imediato, Soares de Oliveira sublinhou que "ninguém faz isso". "Se nós quiséssemos ser totalmente intransigentes, o que teríamos dito é que é o jogador que tem de depositar o cheque de 120 milhões nas contas do Benfica. Mas não há quem faça isso, talvez no negócio do Neymar, do Barcelona para o PSG, mas não estou seguro. Poderíamos ter seguido esse caminho. Não o fizemos".