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Soares de Oliveira: O ano do Benfica "vai ser extraordinário do ponto de vista financeiro"

O CEO da SAD do Benfica deu uma extensa entrevista à revista Exame, onde revela qual o destino que o clube pretende dar ao dinheiro com o encaixe da venda de João Félix.

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01 de Agosto de 2019 às 12:35
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O Benfica registou resultados positivos no exercício que terminou em junho e tem perspetivas mais favoráveis para o atual ano fiscal, que começou com o encaixe de 126 milhões de euros (108 milhões em termos líquidos) com a venda de João Félix para o Atlético de Madrid.  

 

"2018/2019 será novamente um ano com resultados positivos. Como é evidente, arrancando 2019/2020 com uma receita extraordinária de 126 milhões de euros, com a garantia de que estamos na Champions, batemos recordes de receitas de lugares cativos, os Red Pass, o ano vai ser extraordinário do ponto de vista financeiro", disse Domingos Soares de Oliveira, CEO da SAD do Benfica, numa entrevista à Exame.

 

Soares de Oliveira diz que o Benfica está na terceira fase de um ciclo, que passa por "desfrutar o sucesso desportivo" numa altura em que "a valorização dos ativos no relvado é cada vez maior".

 

"Oxalá tenhamos a capacidade de ir o mais longe possível na Champions, é um fator importante. Mas as outras receitas todas, direitos televisivos, patrocínios, etc., são muito estáveis, portanto não haverá aqui nenhuma surpresa que faça com que possamos sequer equacionar um cenário de prejuízos no final desta época", revelou Soares de Oliveira.

 

Quanto ao destino do encaixe com as vendas de jogadores, o CEO descarta a possibilidade de o Benfica pagar dividendos, pois a "maioria dos acionistas quer é que saibamos usar o dinheiro o melhor possível, que não destruamos a sociedade, que possamos ganhar mais vezes no relvado do que os nossos adversários".

 

Diz que o Benfica tem capacidade para contratar um mega-craque, mas teria de ganhar "cinco ou seis milhões limpos", o que iria criar um "problema gigantesco ao nível do balneário".

 

O encaixe com a venda de jogadores será antes utilizado para "reforçar a capacidade competitiva da equipa, sem comprometer o equilíbrio, quer do ponto de vista de contas, quer do ponto de vista salarial". O objetivo passa também por reduzir o endividamento e baixar os montantes das emissões de obrigações, mas Soares de Oliveira assinala que "o nosso objetivo não é por a dívida a zero". Até porque "para uma empresa que fatura hoje 300 milhões, ter uma dívida financeira na casa dos 130 milhões de euros parece-me já bastante equilibrado".

 

"Não há nenhuma obsessão no Benfica em seguir uma trajetória mais acentuada de redução de passivo", refere Soares de Oliveira na extensa entrevista à Exame, onde revela que os encarnados equacionaram comprar clubes em Inglaterra.

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