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Bruno de Carvalho contraria suspensão e mantém guerra de “legitimidades” no Sporting

O líder leonino deixou a resposta à comissão que o suspendeu de funções, e a quem não reconhece legitimidade, ao órgão transitório que o fiscalizador também aponta como ilegal. No Facebook prometeu continuar a "trabalhar normalmente".

António Larguesa alarguesa@negocios.pt 13 de Junho de 2018 às 15:42

A comissão transitória da Mesa da Assembleia Geral (MAG) do Sporting Clube de Portugal (SCP), constituída no seguimento da anunciada demissão de Jaime Marta Soares, considera "ilegítima" a decisão de suspensão imediata de funções do conselho directivo do clube, anunciada pela comissão de fiscalização, nomeada pelo presidente demissionário da MAG e que não reconhece legitimidade a este novo órgão temporário liderado por Elsa Tiago Judas.

 

É apenas mais um capítulo na guerra civil que está instalada há várias semanas em Alvalade. A resposta à "suspensão preventiva com efeitos imediatos" dos membros do conselho directivo, decretada esta manhã pela comissão formada a 31 de Maio para substituir o demissionário Conselho Fiscal e Disciplinar, não coube desta vez a Bruno de Carvalho. Foi Elsa Tiago Judas a declarar que "esta comissão [fiscalizadora] que hoje falou não só é ilegítima, como todas as soluções apresentadas são ilegítimas".

 

Falando em "golpada", usando a mesma expressão do presidente leonino numa primeira reacção imediata via Facebook, o vice-presidente desta comissão transitória da MAG, Bernardo Trindade Barros, criticou a comissão fiscalizadora, a que preferiu chamar "grupo de sócios", por "entenderem que têm poder para fazer um processo disciplinar ao conselho directivo, sem nota prévia, e suspendê-lo imediatamente de funções antes de qualquer contraditório e sem se poder defender".

 

Sem medo da polícia à porta

 

Em conferência de imprensa realizada esta manhã, os advogados António Paulo Santos e Rita Garcia Pereira detalharam que em causa está a suspensão dos cargos, a proibição de entrada nas instalações do clube e que a nulidade dos actos tomados a partir deste momento. Além disso, deixaram a ameaça de que "se for necessário" irão "recorrer à via judicial e à remoção coerciva" dos elementos do conselho directivo.

 

Rejeitando que Bruno de Carvalho não tenha comparecido no auditório do estádio por receio – "Acha que o Bruno de Carvalho tem medo? Ele não está aqui presente porque entendeu que nós podemos explicar o que se passa", frisou –, Elsa Tiago Judas acrescentou que "é a lei que dá a garantia de que [o presidente] continua em funções" e "com certeza que a direcção está legitimada por quem tem de estar, que são os sócios", notando que "não há nenhuma decisão judicial".

 

"Quando a comissão [de fiscalização] fala numa via judicial ou policial isso é um bocadinho perigoso. Ninguém pode entrar aqui com a polícia e retirar daqui o presidente sem haver uma decisão judicial transitada em julgado. A putativa comissão – não quero falar em usurpação de funções – adiantou-se à decisão dos tribunais e fez o papel de juiz de primeira instância, de recurso e até de Supremo", concluiu a advogada.

"Amanhã lá estaremos a trabalhar normalmente"

Entretanto Bruno de Carvalho voltou à rede social Facebook, deixando claro que vai continuar a actuar como presidente do clube. "Amanhã lá estaremos a trabalhar normalmente para ainda esta época vivermos momentos de conquistas, e a preparar a próxima época (estágios, plantéis, etc) de 55 modalidades!"

O responsável salvaguardou ainda que o "apelo de revolta" deixado esta manhã "significa irem todos à assembleia-geral do próximo dia 17", uma reunião ordinária que tinha sido convocada pelo próprio conselho directivo, em contraponto com aquela que visa a sua destituição e que foi convocada para uma semana depois, no dia 23, pela MAG liderada por Jaime Marta Soares.

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