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Bruno de Carvalho aceita destituição e não se recandidata se AG for fidedigna
O presidente do Sporting, Bruno de Carvalho, afirmou esta quinta-feira que abandona o clube caso os sócios votem a favor da sua destituição, mas só no caso de a Assembleia Geral, agendada para sábado, decorrer de forma "fidedigna".
"Se receber um não e tudo naquela Assembleia Geral for fidedigno, não só não meto mais lá os pés, como escusam de me expulsar de sócio, porque não me recandidato. A única coisa que vou pedir é alguém que me vá lá buscar as coisas ao escritório", afirmou Bruno de Carvalho, em declarações à Sporting TV.
A dois dias da Assembleia Geral, que vai decorrer na Altice Arena, o dirigente 'leonino' lançou um desafio ao presidente da Mesa, Jaime Marta Soares, para que "tudo decorra na total normalidade".
"Ele (Marta Soares) desfaz amanhã (sexta-feira) a Comissão de Fiscalização que criou e a Comissão de Gestão que criou. Eu amanhã desfaço a Comissão de Transição da Mesa da Assembleia Geral que criei e a Comissão de Fiscalização que criei. Paramos todos também com as providencias cautelares e com isso o Conselho Directivo vai estar em pleno funcionamento na Assembleia Geral", explicou.
O presidente 'leonino' quer ainda indicar "três elementos" para a Mesa da AG. "Ele (Marta Soares) lidera a Mesa da Assembleia Geral com Eduarda Proença de Carvalho e três elementos que eu indico. E se a destituição do Conselho Directivo não for votada, marca a AG para debater a alteração estatutária e o orçamento e marca eleições para a Comissão de Fiscalização e para a nova MAG", frisou.
Caso isto não aconteça, Bruno de Carvalho reafirmou que não vai marcar presença na Altice Arena. "Se for, sento-me onde? Fico onde? Não faz sentido nenhum. Não tenho problema nenhuma em sentar-me junto aos sócios, mas isso não faz sentido nenhum", considerou.
A AG vai decorrer na sala Atlântico do Altice Arena, com início às 14:00, embora a abertura das portas aconteça pelas 12:00 para que todos possam ir ocupando os seus lugares. A votação encerra às 20:00, mas todos os sócios que estejam ainda na fila para votar poderão fazê-lo.
Aos sócios será perguntado se pretendem ou não a "revogação colectiva, com justa causa, do mandato dos membros do Conselho Directivo", segundo relevou o Jaime Marta Soares à Lusa, avançando que as respostas possíveis são "sim", "não" ou "abstenção".