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Benfica triplica lucros com vendas de Renato Sanches e Gaitán

As vendas de passes de jogadores e a participação na Liga dos Campeões explicam a melhoria nas contas do Benfica, que registou o terceiro ano consecutivo de lucos.

Renato Sanches – Médio (Benfica) - 35 milhões €
Manuel Araújo
21 de Setembro de 2016 às 19:08
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A Benfica SAD fechou o exercício que terminou a 30 de Junho com lucros de 20,4 milhões de euros, o que compara com os 7,1 milhões de euros do período homólogo.

 

Em comunicado à CMVM, a SAD liderada por Soares de Oliveira salienta que este é o terceiro ano consecutivo de resultados positivos, "em simultâneo com a obtenção de resultados desportivos, designadamente a conquista de três títulos de campeão nacional".

 

Os lucros obtidos nos 12 meses terminados em Junho são os mais elevados de sempre. Em 2013/2014 a SAD encarnada obteve lucros de 14,2 milhões de euros, depois de quatro anos consecutivos de prejuízos.

 

As vendas de passes de jogadores – com destaque para Renato Sanches e Nicolas Gaitán - e a participação na Liga dos Campeões – onde chegou aos quatros de final – foi determinante para os lucros obtidos no último exercício.

 
Mais de 80 milhões com vendas de jogadores

Os resultados operacionais aumentaram 25% para 38 milhões de euros, um valor para o qual foi determinante a receita obtida com a venda de passes de jogadores.  

 

Os rendimentos com transacções de direitos de atletas ascenderam a 81,9 milhões de euros, um aumento de 3,9% face ao período homólogo, como Benfica a destacar os ganhos obtidos com as transferências de Renato Sanches, Gaitán, Ivan Cavaleiro e Lima.

 

Ainda assim os resultados com atletas desceram de 34,9 para 30,01 milhões de euros, uma vez que o Benfica aumentou os gastos com a compra de passes de jogadores (13,5 para 15 milhões de euros) e as amortizações e perdas de imparidade de direitos de atletas agravaram-se (passaram de 30,4 para 36,8 milhões de euros).

Além do maior encaixe com as vendas de jogadores, a SAD do Benfica beneficiou também com a participação na Liga dos Campeões, já que a o clube chegou aos quartos-de-final (foi eliminado pelo Bayern de Munique), o que rendeu mais dinheiro em prémios, bilheteira e direitos de televisão.

 

Os rendimentos operacionais aumentaram 23,6% para 126,1 milhões de euros, sendo que os custos operacionais também cresceram, atingindo 118,1 milhões de euros (contra 106,4 milhões de euros no período homólogo).

 

A SAD destaca que considerando os rendimentos totais consolidados, o crescimento foi de 13,9% para 211,9 milhões de euros, ficando pela primeira vez acima dos 200 milhões de euros.

 

Capital próprio acima dos 20 milhões. Passivo cresce

 

No que diz respeito às rubricas do balanço, o capital próprio reforçou os valores positivos, passando de 575 mil euros para 20,9 milhões de euros, uma melhoria que se deve ao crescimento dos lucros.

 

Ainda assim o último exercício voltou a ser de agravamento do passivo, que passou de 429,6 milhões de euros no exercício 2014/2015 para 455,476 milhões de euros em Junho deste ano. Uma variação "essencialmente explicada pelo aumento dos compromissos com fornecedores e outros credores, face aos investimentos realizados na aquisição de direitos de atletas, que permitiram reforçar o valor do activo da Benfica SAD", refere o comunicado.

 

Já o activo subiu mais de 10% para 476,4 milhões de euros, devido ao "acréscimo do valor dos activos intangíveis e de caixa e equivalentes de caixa, o qual foi parcialmente compensado pela diminuição do saldo com empresas do grupo e partes relacionadas no activo não corrente". 


(notícia actualizada às 19:50 com mais informação)

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