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Benfica pede reunião urgente com Joana Marques Vidal

A SAD do Benfica reiterou "a sua total disponibilidade em colaborar com as autoridades no integral apuramento da verdade" e solicitou uma reunião de urgência com Joana Marques Vidal.

06 de Março de 2018 às 11:49
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O Benfica já reagiu à detenção do seu assessor jurídico, publicando uma nota no seu site onde "confirma a realização de buscas às suas instalações no âmbito de um processo de investigação sobre eventual violação do segredo de justiça e reitera a sua total disponibilidade em colaborar com as autoridades no integral apuramento da verdade".

 

Acrescenta manter "a sua confiança e convicção de que o Dr. Paulo Gonçalves terá oportunidade, no âmbito do processo judicial, de provar a legalidade dos seus procedimentos".

 

Na mesma nota, a SAD do Benfica diz que "irá pedir com carácter de urgência uma audiência à Senhora Procuradora-Geral da República, pelas reiteradas e constantes violações do segredo de justiça, sobre os processos que envolvem o clube, numa estratégia intencional e com procedimentos fáceis de serem investigados, como hoje foi claramente comprovado".

 

A Polícia Judiciária deteve hoje duas pessoas, entre as quais o assessor jurídico do Benfica Paulo Gonçalves, por suspeitas de corrupção, acesso ilegítimo, violação de segredo de justiça, falsidade informática e favorecimento pessoal.

 

Segundo o Correio da Manhã, o braço direito de Luís Filipe Vieira está sob suspeita de, em nome da SAD do clube, ter subornado três funcionários judiciais para lhe fornecerem peças processuais do chamado 'caso dos mails' - em que o Benfica e os seus dirigentes são investigados, no DIAP de Lisboa, por corrupção desportiva, num alegado esquema com árbitros e observadores dos mesmos.

 

Em comunicado, a PJ refere que, na operação 'e-toupeira', foram realizadas trinta buscas nas áreas do Porto, Fafe, Guimarães, Santarém e Lisboa que levaram à apreensão de "relevantes elementos probatórios".

 

Nesta investigação, iniciada há quase meio ano pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção da PJ, averigua-se "o acesso ilegítimo a informação relativa a processos que correm termos nos tribunais ou departamentos do Ministério Público a troco de eventuais contrapartidas ilícitas a funcionários".

 

A Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa informou na sua página na internet que o inquérito está relacionado com "a prática de acessos por funcionários a diversos inquéritos em segredo de justiça para obtenção de informação sobre diligências em curso, informações que eram depois transmitidas ao assessor da administração de uma sociedade anónima desportiva a troco de vantagens".

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