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Quase metade das casas construídas na pandemia foi na região Norte

Apesar das restrições impostas pela pandemia, as obras concluídas em Portugal voltaram a aumentar no ano passado, enquanto os licenciamentos diminuíram. Mas há exceções, como o município de Oeiras, onde os licenciamentos para obras dispararam no quarto trimestre.

Em 2019, o investimento em imobiliário atingiu 27,2 mil milhões de euros, sendo      5,4 mil milhões de origem externa.
DR
15 de Março de 2021 às 12:28
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Num ano marcado pela pandemia da covid-19, o setor da construção foi dos poucos em Portugal que escapou à quase paralisação nos períodos de confinamento. E, apesar de a atividade ter abrandado o seu ritmo de subida, 2020 ainda foi um ano de crescimento para o setor.

Dados do INE, revelados esta segunda-feira, mostram que foram concluídos, no ano passado, 15 mil edifícios em Portugal, um aumento de 6% face a 2019, depois da subida de 11,6% nesse ano, face ao anterior.

A região Norte do país foi das que mais impulsionou este salto, tendo sido responsável por quase metade de todas as casas novas construídas no ano passado. É no Norte que se localiza 36,3% do total de edifícios concluídos em 2020, 40,1% dos fogos construídos em construções novas para habitação familiar e 42,6% da área concluída no país.

As regiões Norte e Centro, em conjunto, representaram 62% dos edifícios concluídos, 61,1% dos fogos concluídos em construções novas para habitação familiar e 68% do total da área concluída.

Já a Área Metropolitana de Lisboa foi responsável por 18,7% do total de edifícios concluídos no país, correspondendo a 23,5% do número total de fogos concluídos em construções novas para habitação familiar e a 17,5% do total da área concluída em Portugal no ano passado.

Licenciamentos em Oeiras crescem mais de 1.000% no quarto trimestre

No que respeita aos licenciamentos para construção, assistiu-se a uma quebra de 3,5% face a 2019, com um total de 22,8 mil edifícios em todo o país, depois da subida de 4,1% observada no ano anterior.

Destes quase 23 mil, 5,7 mil foram licenciados no quarto trimestre do ano, o que traduz uma quebra homóloga de 1%. Aqui, só a Região Autónoma da Madeira e a Área Metropolitana de Lisboa escaparam às descidas, com aumentos homólogos de 14,3% e 2,1%, respetivamente.

Foi precisamente na Área Metropolitana de Lisboa que se registaram os maiores saltos nos licenciamentos para construção, com destaque para Oeiras, que assistiu a uma subida de 1.037,5% nos últimos três meses do ano passado.

Seguem-se Odivelas e Loures, com aumentos de 178,7% e 145,6%, respetivamente, e a norte Barcelos e o Porto, com crescimentos de 166,7% e 63,9%.

"Os 5 municípios com maior variação absoluta, face ao trimestre homólogo, foram responsáveis pelo licenciamento de 17,9% do total de fogos no país em obras de edificação (considerando todos os tipos de obras e todos os destinos). No seu conjunto, estes municípios registaram um aumento de 117,5% face ao ano anterior (+798 fogos)", explica o INE.

No polo oposto, estão cinco municípios que, no seu conjunto, registaram um decréscimo de 34,2% nos fogos licenciados para edificação face ao trimestre homólogo (-560 fogos). São eles Gondomar (-64,3%), Tavira (-54,2%), Matosinhos (-51,7%), Braga (-34,6%) e Lisboa (-18,4%).  

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