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Em ano de pandemia, preços das casas aumentaram 8,4%

Os preços das casas aumentaram 8,4% em 2020, valor que representa um abrandamento face à taxa que tinha sido registada no ano anterior.

O ritmo de crescimento dos preços de venda das casas em Portugal continuou a desacelerar no terceiro trimestre de 2020.
João Miguel Rodrigues
23 de Março de 2021 às 11:03
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No ano que ficou marcado pela pandemia de covid-19, os preços da habitação continuaram a aumentar em Portugal, ainda que tenha sido registado um abrandamento do ritmo de crescimento. Os dados foram divulgados esta terça-feira, 23 de março, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), que dá conta de que os preços das casas aumentaram 8,4% no conjunto de 2020, valor que fica abaixo da taxa de 9,6% que tinha sido registada no ano de 2019.

Os dados relativos ao conjunto do 2020 vêm confirmar aquela que já vinha sendo a tendência ao longo do ano passado: a pandemia levou a uma queda significativa no número de vendas de casas, mas os preços continuaram a aumentar, fazendo com que o valor total transacionado tenha crescido.

Ao todo, de acordo com o INE, foram transacionadas 171.800 habitações em 2020, número que representa uma quebra de 5,3% face a 2019. Esta é a primeira vez desde 2012 que o número de vendas de casas cai em termos anuais, o que reflete "o contexto económico adverso decorrente da pandemia covid-19", justifica o INE. Apesar do forte impacto da pandemia sobre o setor imobiliário, sentido sobretudo durante o segundo trimestre de 2020, o mercado acabou por recuperar no final do ano, com o número de vendas a aumentar 4% e 12%, respetivamente, em novembro e dezembro.

Em sentido contrário, o índice de preços da habitação registou uma subida de 8,4% no ano passado. Assim, as vendas de casas totalizaram 26,2 mil milhões de euros no ano passado, valor que corresponde a um aumento de 2,4% face a 2019.

Considerando o número de casas vendidas e o valor total transacionado, o preço médio de cada venda foi, assim, de 152,4 mil euros, o que representa uma subida de mais de 8% face a 2019, quando o preço médio das casas era de 140,9 mil euros.

Esta tendência de aumento dos preços verifica-se tanto nos alojamentos novos quanto nos usados. "A trajetória de crescimento dos preços manifestou-se tanto nas habitações existentes (8,7%) como nas habitações novas (7,4%). À semelhança dos últimos anos, a diferença no ritmo de crescimento dos preços de habitações existentes e novas reduziu-se", indica o INE.

Apesar da "dinâmica" que continuou a verificar-se no mercado habitacional, o INE destaca o abrandamento do aumento dos preços. A taxa de variação de 8,4% verificada em 2020 é a menor que é registada desde 2016, ano em que os preços das casas aumentaram 7,1%.

Vendas derrapam em Lisboa e Algarve

Em 2020, indica ainda o INE, o Alentejo foi a única região a registar um aumento tanto no número como no valor das vendas de casas. Ao todo, o número de vendas cresceu 5% e o valor total transacionado subiu 15,2% nesta região.

Já no Norte, Centro, Madeira e Açores, o número de vendas diminuiu, mas o valor total transacionado aumentou em todas estas regiões. A Madeira registou o crescimento mais significativo no valor total transacionado, de 11,6%.

Em sentido contrário, a Área Metropolitana de Lisboa e o Algarve foram as regiões com maiores reduções, tanto no que diz respeito ao número de vendas como ao valor total transacionado. Em Lisboa, as vendas de casas caíram 8,1% em número e 0,2% em valor transacionado. Já o Algarve apresentou taxas de variação negativas de 12,8% e 4,3%, respetivamente, no número e no valor das transações.

Notícia atualizada pela última vez às 11h47 com mais informação.
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