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Lucro da Mota-Engil sobe 65% para 49 milhões até junho

O volume de negócios do grupo ultrapassou no primeiro semestre os 2,7 mil milhões de euros e o EBITDA aproximou-se dos 400 milhões. Com 13,7 mil milhões de obras em carteira, a Mota-Engil diz já ter assegurado 64% do objetivo de faturação para 2026.

O grupo liderado por Carlos Mota Santos cresceu 9% na América Latina.
João Cortesão
28 de Agosto de 2024 às 00:01
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A Mota-Engil registou no primeiro semestre deste ano um lucro de 49 milhões de euros, o que representa um aumento de 65% face ao resultado líquido de 30 milhões apresentado no mesmo período de 2023.

Em comunicado à CMVM, o grupo liderado por Carlos Mota dos Santos (na foto) adianta que o volume de negócios cresceu 7% até junho, para os 2.732 milhões de euros, enquanto o EBITDA subiu 12% para 396 milhões, com a margem a melhorar de 14% para 15% num ano.

Na área de engenharia e construção, a Mota-Engil registou um incremento de 7%, contribuindo com 2.439 milhões de euros de faturação.

A região da América Latina foi a que maior contributo deu para o aumento do volume de negócios do grupo, crescendo 12% para 1.487 milhões de euros, registando um incremento de 10% na área de engenharia e construção e de 24% na de energia e concessões.

Na Europa o volume de negócios registou um acréscimo de 2% para 297 milhões de euros, com Portugal a representar 73%.

Já em África houve um recuo de 3% para os 659 milhões, com o negócio de engenharia e construção a apresentar uma quebra de 6%, enquanto o da engenharia industrial cresceu 9%.

No negócio do ambiente o volume de negócios aumentou 4% até junho, para os 264 milhões, "não obstante a desconsolidação do negócio de óleos industriais (no contexto da transação com a Urbaser)", salienta a Mota-Engil.

Também para o EBITDA o principal contributo veio da América Latina, com uma subida de 24%, em termos homólogos, para 168 milhões de euros. Na Europa, este indicador cresceu 46% para 22 milhões, enquanto em África registou um recuo de 1% para 145 milhões.

No final de junho, a dívida liquida do grupo somava 1.268 milhões de euros, menos 91 milhões face ao mesmo mês de 2023.

A construtora sublinha que manteve a tendência de melhoria do rácio de dívida líquida/EBITDA para 1,4x, o que compara com o rácio de 2x registado em junho de 2023, "ainda que o grupo tenha realizado investimentos no total de 309 milhões de euros", realça. Um valor que fica abaixo dos 326 milhões apurados no primeiro semestre do ano passado, o que a empresa explica com "o estágio final dos trabalhos relativos ao Trem Maya", no México.

 

Carteira aumenta para 13,7 mil milhões

A carteira de encomendas da Mota-Engil foi na primeira metade deste ano reforçada para 13,7 mil milhões de euros, mais 6% face a dezembro 2023, dos quais 3,3 mil milhões foram adjudicados até junho.

O grupo salienta que esta carteira está "assente na celebração de contratos de dimensão média superior, de longo prazo e maioritariamente localizados nos mercados core", que representavam, em junho, 79% da carteira de engenharia e construção, da qual 25% em Angola, 19% no México e 17% na Nigéria.

"O nível histórico de carteira permite reforçar a convicção no cumprimento dos objetivos apresentados ao mercado para 2024, assim como deverá permitir dar sequência a um ciclo virtuoso e de crescimento sustentável para o qual o grupo já detém em carteira para execução em 2026 o equivalente a 64% do objetivo de faturação em engenharia e construção previsto no plano estratégico para esse ano", afirma.

Um valor que ainda não considera os contratos celebrados depois de junho no México e na Guiné (total de 1.500 milhões de dólares), e que "deverá ser ainda reforçado através do pipeline de novos projetos em mercados como Portugal, assim como em África e na América Latina", afirma.

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