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Construtora GNS ganha reabilitação do parque residencial de Matosinhos
O contrato, cujos valores irão depender das necessidades e orçamento disponível, tem a duração de um ano e é da responsabilidade da Matosinhos Habit.
A construtora de Valongo GNS ganhou a reabilitação potencial de 4330 fogos em Matosinhos, num contrato de um ano, segundo revelou ao Negócios o sócio da empresa, Joaquim Vilarinho.
O projecto, da responsabilidade da Matosinhos Habit, que gere as casas da Câmara (que tem os 4330 fogos) tem como objectivo "a execução de trabalhos de manutenção continuada do parque habitacional social do concelho de Matosinhos".
A sociedade Matosinhos Habit é responsável por intervenções de cariz social no concelho, sendo mais conhecida por ter levado a cabo a dinamização de casas partilhadas para os habitantes que morem sozinhos, sobretudo os mais idosos.
A GNS pôs mãos à obra, salientou Joaquim Vilarinho, que adiantou que o projecto "poderá acrescentar um volume de facturação de cerca de 10% nesta área" para a empresa, que já contratou, pelo menos, um colaborador para avançar com os trabalhos.
A empresa fechou 2015 com uma facturação de 550 mil euros, "representando um acréscimo de 80% relativamente ao ano anterior", salientou Joaquim Vilarinho, referindo ainda que "este ano, já atingimos o valor de vendas de todo o ano anterior e aumentámos os funcionários em mais quatro colaboradores". No final de 2015, a empresa contava com 16 colaboradores.
Joaquim Vilarinho adiantou que "a GNS possui duas vertentes de actuação, ou seja, a reabilitação e construção, assim como a manutenção e o "facility management". Pretendemos que o peso dos dois sectores se aproximem no valor de facturação anual", explicou.
A GNS está ainda "a negociar outras parcerias estratégicas neste âmbito da gestão de edifícios que brevemente iremos divulgar, nomeadamente, através de um 'software' de gestão especializado e um outro contrato de gestão da manutenção com outra entidade de nível nacional", referiu Joaquim Vilarinho.
O sócio da GNS tem trabalhado em métodos mais eficientes de reabilitar edifícios e outros espaços, nomeadamente, o BIM (Building Information Model) que, através de modelos 3D e informação de sensores, detecta, por exemplo, se um edifício está a gastar demasiada energia. E fez uma dissertação de mestrado sobre o assunto, que a GNS já começou a testar no terreno.
A Matosinhos Habit tinha, em 2015, um orçamento da ordem dos 350 mil euros para grandes obras de reabilitação de conjuntos habitacionais. A principal fonte de receitas da empresa são as rendas facturadas pelos fogos e espaços a famílias e ou instituições e associações.
A questão da reabilitação urbana voltou a estar em cima da mesa esta semana, depois da entrevista do secretário de estado Adjunto e do Ambiente José Mendes ao Negócios, em que garantiu que 800 milhões de euros irão estar canalizados para esta actividade. O sector está dividido quanto aos planos do Governo.