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Cimpor limita quedas em Portugal com aumento do consumo no segundo trimestre deste ano

Processo de reestruturação da cimenteira no mercado nacional custou 18,3 milhões de euros

26 de Agosto de 2013 às 21:30
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A Cimpor registou encargos com a reestruturação do grupo de cerca de 21,8 milhões de euros, dos quais cerca de 18,3 milhões em Portugal, refere o relatório financeiro intercalar do primeiro semestre, divulgado esta segunda-feira.

"Portugal continuou a ser fortemente afectado pelos custos relacionados com a reestruturação realizada no início do ano", afirmou a cimenteira, cujo EBITDA subiu nos primeiros seis meses deste ano 6,3%, para 284,2 milhões de euros. "Excluindo o impacto das transacções não recorrentes (47 milhões de euros), o EBITDA teria ascendido a 331 milhões".

Determinante para o crescimento deste indicador foi o valor acrescentado pelos activos adquiridos, que contribuíram com cerca de 115,9 milhões. Como sublinha o grupo, os activos incorporados pela InterCement após a concretização da OPA sobre a Cimpor – no Brasil, Argentina e Paraguai – multiplicaram o EBITDA (2,5 vezes) e o volume de negócios (1,8 vezes) face aos activos alienados – Espanha, Marrocos, Tunísia, Turquia, Índia, China e Peru.

No mercado nacional, apesar das quebras que continua a registar, a Cimpor sublinha as melhorias sentidas no segundo trimestre. No conjunto dos primeiros seis meses, o volume de negócios da cimenteira em Portugal e Cabo Verde (dados que apresenta agregados) caiu 19,3%, para 150,8 milhões, sendo que o recuo no segundo trimestre foi de apenas 10,1%.

A Cimpor afirma, assim, no relatório, que "em Portugal foi possível limitar as quedas acentuadas que se verificavam no primeiro trimestre, sobretudo através do aumento do consumo no mercado interno", até porque "a componente da exportação já registava sinais positivos nos primeiros três meses do ano".

Também em termos de vendas de cimento e clínquer, o mercado nacional, analisado em conjunto com Cabo Verde, registou um recuo de 2,5%. Neste âmbito, o grupo destaca a actividade de "trading", em especial a partir de Portugal e com destino, essencialmente, para a América do Sul e África, com as quantidades transaccionadas a superarem em 33% os valores de 2012.

De acordo com os resultados da cimenteira, o Brasil, que passou a incluir novos activos adquiridos em Dezembro do ano passado, aumentou em 78,3% o volume de negócios para 617,5 milhões de euros. Um valor que representa quase metade do volume de negócios total do grupo que, no final de Junho, somava 1.299,9 milhões de euros, mais 19,6% do que há um ano.

 

Argentina e Paraguai, por seu lado, registaram um volume de negócios de 315,5 milhões. Relativamente aos activos que permaneceram no perímetro da Cimpor, apenas Moçambique cresceu 4,7%, tendo o Egipto recuado 7,5% e África do Sul 16%.

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