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BEI financia construção do novo Hospital de Lisboa Oriental

O Banco Europeu de Investimento vai financiar o projeto a cargo do agrupamento da Mota-Engil em 107 milhões de euros, mas a sua contribuição poderá ascender aos 190 milhões. É o primeiro empréstimo direto do BEI a um hospital em Portugal.

A construtora liderada por Carlos Mota dos Santos reforça em dois dos seus principais mercados.
João Cortesão
05 de Fevereiro de 2024 às 11:32
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O Banco Europeu de Investimento (BEI) e o agrupamento liderado pela Mota-Engil assinaram um acordo para um empréstimo ao financiamento do Hospital de Lisboa Oriental (HLO) no valor de 107 milhões de euros, mas a instituição financeira diz que a sua contribuição "poderá ascender a um máximo de 190 milhões, num empréstimo a longo prazo".

O custo do projeto está estimado em cerca de 380 milhões de euros e a construção começará ainda no início deste ano.

"Este investimento reflete o objetivo geral das reformas dos cuidados de saúde e dos planos estratégicos levados a cabo no país nas últimas duas décadas, com vista a reduzir os custos e a aumentar a eficiência do sistema de saúde", afirma a instituição financeira, acrescentando que "o projeto abordará também as desigualdades no domínio da saúde, um dos principais desafios de Portugal neste setor" e "contribui ainda para aumentar a resiliência do setor da saúde e a preparação para emergências de saúde e pandemias, através da criação de infraestruturas hospitalares funcionais, flexíveis, modernas e ricas em tecnologia".

O HLO é o primeiro empréstimo direto do BEI a um hospital em Portugal, que afirma em comunicado que "continua disponível para apoiar o setor da saúde, financiando outros projetos que contribuam de forma visível para o melhoramento da prestação de cuidados de saúde".

"Ficamos contentes por possibilitar este financiamento em condições favoráveis, bem como por atrair outros financiadores, que de outra forma seriam desencorajados pelo longo prazo do empréstimo, especialmente num contexto caracterizado por taxas de juro em alta e por uma elevada volatilidade", afirma Alessandro Izzo, "head of Equity, Growth Capital and Project Finance" do BEI, citado na mesma nota.


A instituição financeira salienta que "o projeto do novo hospital foi desenvolvido por um consórcio selecionado no âmbito de uma parceria público-privada (PPP) que é composto maioritariamente por empresas do grupo Mota-Engil, liderado por Carlos Mota dos Santos (na foto) e conta com 875 camas de internamento".


A unidade ficará situada em Marvila, na zona oriental de Lisboa, substituindo seis antigos hospitais, dispersos por mais de 100 edifícios no centro da cidade de Lisboa.


O BEI afirma ainda que o projeto "vai proporcionar o acesso a modernos serviços de saúde e uma melhor distribuição de camas pela cidade" e que "o apoio à construção do novo hospital possibilita assim o reforço da qualidade na prestação de cuidados de saúde, bem como  das condições de ensino e investigação científica de alta qualidade, ao mesmo tempo que contribui a utilização eficiente de recursos".


"A construção do hospital complementa ainda os planos de reabilitação da zona da cidade próxima do antigo porto, que se encontra atualmente relativamente degradada", refere.

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