A União Europeia lançou uma "bomba" contra o ex-presidente do Banco Europeu de Investimento, Werner Hoyer, aposentado do cargo no final do ano passado. A Procuradoria Europeia (EPPO) abriu uma investigação contra o antigo líder, acusando-o de "corrupção e abuso de influência, bem como de apropriação indevida de fundos da UE", segundo um comunicado divulgado esta segunda-feira, 24 de junho.  

O comunicado afirma que o Banco concedeu levantamento de imunidade tanto para Hoyer como para outro indivíduo do organismo, que permanece não identificado, para que a investigação iniciada pela EPPO pudesse avançar.  

A EPPO é o organismo da União Europeia responsável por investigar graves casos financeiros dentro da organização. Nos últimos meses, as forças policiais da Alemanha e Luxemburgo apreenderam material relacionado com a investigação em curso, de acordo com duas fontes anónimas contactadas pelo Politico.  

A recolha de provas culminou na "invasão" da casa do ex-presidente do Banco Europeu de Investimento, confirmada ao mesmo jornal pelo advogado de Hoyer, que negou qualquer irregularidade nas ações de Hoyer. 

O antigo líder alemão considerou ainda que a investigação contra si levada a cabo se centra na saída de um funcionário do BEI e na indemnização que lhe foi paga. Hoyer aprovou o pacote de saída, de acordo com as regras do Banco, embora afirma que não tenha feito parte das negociações. 

Ao Politico, Hoyer apontou as acusações como "absolutamente absurdas e infundadas", e acrescentou que espera que "sejam totalmente investigadas e esclarecidas", apelando ao BEI para que coopere em pleno com a EPPO.