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BEI bate recorde e destina 36,2 mil milhões para as zonas mais pobres da UE em 2023

Este valor representou quase metade (47%) dos empréstimos concedidos e dos investimentos efetuados em 2023, ano em que os empréstimos concedidos, só pelo BEI, no domínio da coesão ascenderam a 29,8 mil milhões de euros, ou seja, 45,1% do total.

Tem havido pressão na UE para que as medidas previstas não entrem em vigor antes dos EUA.
Olivier Hoslet/Epa
16 de Julho de 2024 às 09:00
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De acordo com o terceiro relatório anual sobre as "Atividades do Banco Europeu de Investimento nas regiões da coesão da União Europeia", revelado esta terça-feira, em 2023 o Grupo BEI - do qual também faz parte o Fundo Europeu de Investimento (FEI) - ultrapassou as metas fixadas para o financiamento da coesão em toda a UE, apoiando projetos destinados a reduzir as disparidades regionais. 

Desta forma, foram autorizados no ano passado 36,2 mil milhões de euros destinados a projetos nas zonas mais pobres da UE, as chamadas "regiões da coesão". De acordo com o Grupo BEI, este valor representou quase metade (47%) dos empréstimos concedidos e dos investimentos efetuados em 2023, ano em que os empréstimos concedidos, só pelo BEI, no domínio da coesão ascenderam a 29,8 mil milhões de euros, ou seja, 45,1% do total dos compromissos de financiamento assumidos pela UE. Desta forma, foi ultrapassada a meta de 42% fixada pelo banco.

Por outro lado, os empréstimos a regiões menos desenvolvidas ascenderam a 17,2 mil milhões de euros, o que representa 26% do total e ultrapassa o objetivo de 21% estabelecido pelo banco.

"Os empréstimos concedidos pelo BEI no domínio da coesão atingiram um máximo histórico nos 65 anos de existência do banco, registando-se um aumento considerável do financiamento destinado às pequenas e médias empresas (PME) e às empresas de média capitalização", referiu o BEI em comunicado, sublinhando que o apoio à ação climática e à sustentabilidade ambiental correspondeu a 60% do total dos compromissos nas regiões da coesão.

No ano passado, os cinco países que mais beneficiaram desse apoio foram França, Espanha, Polónia, Itália e Grécia. As operações contratualizadas pelo BEI em 2023 deverão permitir: o acesso de mais de cinco milhões de pessoas a melhores serviços de saúde; o fornecimento de eletricidade produzida a partir de fontes de energia renovável a mais de seis milhões de famílias; mais de seis milhões de novos assinantes de serviços 5G; e a criação direta e indireta de um número significativo de postos de trabalho.

Já os compromissos assumidos pelo FEI em 2023 em matéria de garantias de crédito e de investimentos em capital de risco e participações privadas nas regiões da coesão ascenderam a 6,8 mil milhões de euros, o que representa 49 % do total dos seus compromissos na UE. Os cinco principais beneficiários foram a Roménia, Bulgária, Polónia, França e Itália.

Face a estes dados, a presidente do Grupo BEI, Nadia Calviño afirmou que "a coesão social e territorial está no cerne da missão do Grupo BEI e é uma das principais prioridades estratégicas".

"Embora o talento esteja distribuído de forma equitativa, as oportunidades não estão. Por isso, em apoio das políticas da UE, estamos a contribuir para levar as oportunidades ao encontro desse talento. Todos os locais e todas as regiões são importantes", acrescentou, citada no mesmo comunicado. 

Por seu lado, a diretora-geral do FEI, Marjut Falkstedt, disse que "é fundamental garantir a competitividade e a coesão em toda a UE para construir um futuro inclusivo, mas também para fortalecer a posição da UE no plano internacional".

"Ao longo de 2023, prestámos um vasto apoio a pequenas empresas situadas em muitas regiões em desenvolvimento da Europa, ultrapassando largamente as nossas metas, e demos também um contributo importante para a criação de ecossistemas de financiamento a nível local", acrescentou. 

Com capital detido pelos Estados-Membros, o Banco Europeu de Investimento (BEI) é a instituição que concede financiamentos a longo prazo para investimentos viáveis que contribuam para a concretização dos objetivos estratégicos da UE. As regiões da coesão do BEI englobam as regiões menos desenvolvidas (com um PIB per capita inferior a 75% da média da UE) e as regiões de transição (com um PIB per capita entre 75% e 100% da média da UE).

Em 2021, o BEI decidiu aumentar a concessão de empréstimos nas regiões da coesão para 45% do total até 2025, e canalizar 23% para regiões menos desenvolvidas.

Já o Fundo Europeu de Investimento apoia as PME europeias, facilitando o seu acesso ao financiamento através de intermediários financeiros. Decidiu aumentar de 38% para 40% o seu volume de atividades dedicadas à coesão até 2023.
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