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António Mosquito negoceia compra de mais 33,3% da Soares da Costa
O empresário angolano e a SDC Investimentos, controlada por Manuel Fino, iniciaram negociações para que o Grupo António Mosquito passe a deter a totalidade do capital da Soares da Costa.
A SDC Investimentos, controlada por Manuel Fino, informou esta quinta-feira, em comunicado à CMVM, que acordou com a GAM Holdings - Grupo António Mosquito – e com a Soares da Costa Construção "aprofundar conversações com vista à alienação da participação de 33,3%" que ainda detém na Soares da Costa à GAM ou a sociedade por si detida.
A SDC Investimentos, constituída na sequência da separação do negócio da construção da Soares da Costa com a entrada de António Mosquito, assume assim a sua disponibilidade para vender a participação que ainda detém na construtora.
Nos termos do acordo celebrado há dois anos com a GAM, que passou a ter 66,7% da construtora, a marca "Soares da Costa" passou a ser utilizada apenas por esta sociedade.
O grupo controlado por Manuel Fino adoptou então a designação SDC – Investimentos, assumindo-se como sociedade gestora de participações e investimentos. Além dos 33,3% na construtora, a holding tem ainda interesses nas áreas de concessões de infra-estruturas e imobiliário.
No comunicado divulgado esta quinta-feira, a SDC Investimentos diz ainda que "oportunamente será dado conhecimento do desfecho destas conversações que, para culminarem em acordo, exigirão, além do entendimento entre as partes, o consentimento de terceiros".
Rerfira-se que em Novembro de 2015, o empresário angolano António Mosquito terá vendido a totalidade da participação que detinha na Soares da Costa. Os compradores da posição de 66,7% que Mosquito possuía na construtora foram dois grupos angolanos, ainda não identificados. Neste contexto, a GAM, embora ainda tenha o nome de António Mosquito, já não deverá pertencer ao mesmo.
Em paralelo, nesse perído temporal, António Mosquito comunicou ao conselho fiscal da Soares da Costa a sua renúncia ao cargo de "chairman" (presidente não executivo), através de uma carta enviada no passado dia 17 de Novembro. O empresário angolano terá explicado esta venda da participação maioritária da Soares da Costa pelo seu interesse em focalizar-se noutras áreas de negócio que detém.
A Soares da Costa anunciou em Dezembro um despedimento colectivo de cerca de 500 trabalhadores, justificado pela crise económica e financeira instalada em Portugal e em Angola, o principal mercado do grupo.
(Notícia actualizada às 21.15, com introdução de informação nova que consta nos quarto e quinto parágrafo)