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Angola: Corredor do Lobito já tem os primeiros clientes

A Trafigura, que faz parte do consórcio do Corredor do Lobito, e o complexo de Kamoa-Kakula, na República Democrática do Congo, assinaram acordos para usar esta infreastrutura no transporte de minério

07 de Fevereiro de 2024 às 18:05
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O consórcio Lobito Atlantic Railway (LAR), formado pela Mota-Engil, Trafigura e Vecturis, que ganhou a concessão por 30 anos para a operação, gestão e manutenção do Corredor do Lobito,em Angola, e do terminal mineraleiro do porto desta cidade, já tem os seus primeiros dois clientes.

 

Um deles é a própria Trafigura e o outro o complexo de cobre Kamoa-Kakula, situado na República Democrática do Congo, uma joint venture entre a Ivanhoe Mines e a Zijin Mining.

 

Os acordos, sujeitos a clásulas de confidencialidade, foram assinados esta terça-feira durante a "Mining Indaba", evento que reúne anualmente na Cidade do Cabo, África do Sul, os protagonistas da indústria mineira nacional.

 

O corredor do Lobito prolonga-se por cerca de 1.300 quilómetros em território angolano, continuando depois por 400 quilómetros na República Democrática do Congo.

 

Os entendimentos indicam que a alocação de capacidade de exportação da Trafigura através da LAR será de até 450.000 toneladas de minério por ano a partir de 2025. Já a Kamoa-Kakula foi atribuída uma capacidade mínima de 120.000 toneladas e até 240.000 toneladas por ano de transporte de produtos de cobre a partir de 2025, com um compromisso inicial de 10.000 toneladas a serem transportadas em 2024.

 

O plano de negócios prevê que o Corredor do Lobito atinja uma capacidade de exportação anual de um milhão de toneladas de minério por ano antes do final desta década.

 

"O acordo assinado e os compromissos assumidos visam contribuir para que a LAR dinamize a capacidade de transporte do Corredor do Lobito e o transforme, de facto, na principal e mais relevante ligação ferroviária da África Subsaariana" sublinhou Jeremy Weir, presidente executivo e CEO da Trafigura, em comunicado.

 

Robert Friedland, fundador e copresidente executivo da Ivanhoe Mines, salientou a importância desta infraestrutura para indústria mineira. "Admiramos o trabalho árduo do consórcio responsável pela gestão do Corredor do Lobito e o da Trafigura, que têm trabalhado intensamente com os seus parceiros na República Democrática do Congo e em Angola, para construírem uma nova cadeia de abastecimento que está a tornar-se rapidamente uma das rotas comerciais mais importantes para o transporte do cobre metálico, mineral que é vital para todo o mundo" disse o gestor através do referido comunicado.

 

O projeto de reabilitação do Corredor do Lobito implica um investimento de mais de 500 milhões de dólares durante a vigência da concessão, com um financiamento potencial de pelo menos 250 milhões de dólares da Corporação Financeira de Desenvolvimento Internacional dos EUA. O investimento irá permitir a renovação de troços da linha férrea e infraestruturas associadas, além de garantir mais a aquisição de mais 1.500 vagões e 35 locomotivas.

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