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Titã do retalho perde 10 mil milhões, mas pelo menos ainda tem o futebol
A fortuna de Sergey Galitskiy afundou, depois de a Magnit ter perdido a liderança no mercado retalhista russo.
Sergey Galitskiy estava em alta em 2014 quando era o maior accionista da Magnit, na altura a rede retalhista russa que mais crescia. Ampliou o seu património líquido para 14 mil milhões de dólares e tornou-se na terceira pessoa mais rica da Rússia. Mas esta rápida expansão teve vida curta.
A Magnit não conseguiu defender a sua vantagem quando as concorrentes, lideradas pela X5 Retail Group, que é controlada pelo bilionário rival Mikhail Fridman, conquistaram uma participação no mercado. Em 2016, a Magnit foi ofuscada pela X5 como a maior empresa de retalho da Rússia, e este ano Galitskiy, de 51 anos, foi obrigado a deixar o cargo de CEO, vendendo a maior parte da participação que ainda detinha para a estatal VTB Group. A fortuna actual de Galitskiy é de 4,1 mil milhões de dólares, cerca de 70% inferior à detida há quatro anos.
Esta queda pode ser enorme, mas Galitskiy continua longe da sua origem humilde. Em 1998, no auge da crise económica da Rússia, o empresário abriu um pequeno mercado na sua cidade natal, Krasnodar, a cerca de 1.300 quilómetros a sul de Moscovo, e transformou-o numa gigantesca empresa de retalho com quase 20 mil milhões de dólares em receitas anuais e mais de 16.000 lojas espalhadas pela Rússia.
Agora Galitskiy também poderá ter mais tempo para a sua outra paixão - o futebol. O bilionário, que em criança sonhava em ser profissional, fundou uma equipa de futebol Krasnodar em 2008 e, desde então, investiu mais de 250 milhões de dólares no clube, na sua arena e numa academia desportiva.
"É simples, eu gosto de futebol", disse Galitskiy, numa entrevista em 2013, no auge do seu sucesso. "Quando uma pessoa ganha dinheiro, faz sentido que o gaste."
(Texto original: Retail Titan Loses $10 Billion But at Least He Still Has Soccer)