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Tarifas e inflação podem dificultar plano de corte de juros do Banco de Inglaterra

O Reino Unido enfrenta uma subida da inflação, a maior carga fiscal dos últimos 30 anos e a possibilidade de tarifas dos Estados Unidos. Fatores que podem colocar em causa mais cortes das taxas de juro, defende o analista da Ebury, António Duarte.

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O Banco de Inglaterra (BoE) decidiu cortar novamente as taxas de juro em 25 pontos base na reunião de fevereiro, mas foi bastante pessimista em relação às perspetivas de crescimento. O gestor de clientes da fintech britânica Ebury, António Duarte, entende que a prioridade do BoE passa por "dar seguimento ao plano que tem dos cortes das taxas de juro".

"Faltam três, acho que agora é estimado que seja já em maio ou em agosto, mas o importante vai ser ver como é que evolui a inflação, porque se a inflação de repente disparar, o Reino Unido pode ter que adiar esses cortes e é isso que vamos ter que ver", afirma em entrevista ao programa do Negócios no canal NOW.

Para o analista, o Banco de Inglaterra tem dois problemas principais: a inflação e o crescimento económico. É esperado que a inflação no país, que está nos 2,5%, continue a acelerar e alcance os 3,7% no terceiro trimestre deste ano.

Quanto ao crescimento económico, há dois pontos a salientar. Primeiro, "o Reino Unido encontra neste momento uma carga fiscal recorde dos últimos 30 anos, que hipoteca um bocadinho o crescimento, principalmente para as empresas. E depois é esta questão toda em torno das tarifas que podem ou não ser impostas à Europa, que indiretamente também pode chegar ao Reino Unido".

Na questão das tarifas, o analista da Ebury acredita que "vai haver uma pressão muito grande sobre o euro e não me espantaria se visse o câmbio, eventuamente, a aproximar-se da paridade novamente". "Nós vimos que, se não estou a errar, era domingo, quando foi anunciada a intenção de colocar tarifas ao México, à China e ao Canadá, e o impacto direto no euro-dólar é que o mercado abriu a cair 1,2%", sublinha.

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