O preço do ouro rompeu esta segunda-feira pela primeira vez a barreira dos 2.900 dólares por onça. O metal amarelo continua a beneficiar da procura pelos investidores de um refúgio perante a instabilidade gerada pelos anúncios de tarifas aduaneiras por parte do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Com o fantasma de uma guerra comercial de larga escala a assombrar os mercados - entre as tarifas anunciadas por Trump e as medidas de retaliação que vários dos países visados preparam - o ouro acelera o "rally".

Esta manhã, a onça do ouro no mercado "spot" (à vista) atingiu os 2.904,63 dólares, uma subida de 1,52% para um máximo histórico.

Vários analistas veem agora como cada vez mais provável que a fasquia dos três mil dólares seja superada em breve sendo o maior obstáculo uma eventual forte valorização da moeda norte-americana, uma vez que, tal como muitas "commodities", o ouro é transacionado em dólares, tendendo a enfraquecer quando a divisa dos EUA ganha força.