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Preços do gás na Europa avançam para máximos de dois anos

As baixas temperaturas que se fazem sentir no noroeste do Velho Continente estão a reduzir as reservas de gás natural da Europa a um ritmo superior ao estimado.

As reservas de gás da Europa estão a dois terços da sua capacidade.
Pawel Supernak/Epa
10 de Fevereiro de 2025 às 09:30
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Os preços do gás natural na Europa sobem esta segunda-feira mais de 5% para o valor mais elevado em dois anos.

As baixas temperaturas esperadas para o noroeste da Europa nos próximos dias ameaçam acelerar o ritmo de redução das reservas do continente, que já se encontram nos níveis mais baixos para esta altura do ano desde a crise energética de 2022, quando a Rússia invadiu a Ucrânia.

No mercado de Amesterdão, os contratos a um mês chegaram a subir 5,45, até aos 58,75 euros por MWh, um valor que não era visto desde fevereiro de 2023.

O inverno frio que a Europa tem enfrentado e a falta de vento têm aumentado o consumo de gás natural e pesado na geração de energia renovável. As reservas encontram-se atualmente nos 49%, valor que compara com os 67% observados nesta altura do ano passado.

"O risco da União Europeia entrar na primavera com níveis muito baixo de reservas de gás aumentou nas últimas semanas", indica Arne Lohmann Rasmussen, analista-chefe da Global Risk Management, em declarações à Bloomberg.

Os "traders" estão também preocupados com o impacto das tarifas dos EUA e eventuais retaliações, o que poderá tornar as importações de gás natural liquefeito (GNL) mais caras.

O consumo de gás na Europa deverá aumentar 17% este mês face a fevereiro do ano passado, segundo um relatório da consultora ICIS, que aponta para que as reservas terminem o inverno com apenas 37% da capacidade.

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