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Sonae reduz lucro em 4,4% até Junho e cria 2 mil postos de trabalho

Os resultados foram impactados por ganhos não recorrentes. Tendo em conta só o segundo trimestre, o resultado líquido da Sonae aumentou 39,7%. As vendas do retalho alimentar cresceram 5,1% para 1,7 mil milhões de euros.

Ricardo Castelo
23 de Agosto de 2017 às 18:57
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A Sonae fechou o primeiro semestre do ano com lucro de 73 milhões de euros, uma queda de 4,4% explicada pelos ganhos não recorrentes que beneficiaram o resultado do grupo há um ano, nomeadamente a venda e arrendamento de imóveis realizadas pela Sonae RP no primeiro trimestre de 2016.

Tendo em conta os números do segundo trimestre, o resultado líquido atingiu 65 milhões de euros, representando um crescimento de 39,7%.

O volume de negócios da empresa liderada por Paulo Azevedo cifrou-se em 2,6 mil milhões de euros no primeiro semestre, um crescimento de 8%, "com todos os segmentos a contribuir positivamente para esta evolução", sustentou a empresa em comunicado emitido à CMVM esta quarta-feira, 23 de Agosto.

O EBITDA (resultados antes de juros, impostos, amortizações e depreciações) aumentou 9,2% para 116 milhões de euros, impulsionado "pela evolução positiva da rentabilidade operacional de todos os negócios". A margem EBITDA subjacente da Sonae atingiu 4,5%, um ligeiro aumento face aos 4,4% registados em igual período do ano passado.

Tendo em conta os itens não recorrentes, o EBITDA totalizou 142 milhões de euros, uma quebra de 24%, enquanto a margem EBITDA recuou 2,3 pontos percentuais para 5,5%.

A Sonae também sublinha que o resultado do método de equivalência patrimonial – que traduz o contributo da Nos e da Sonae Sierra para o EBITDA – atingiu 17 milhões de euros no segundo trimestre, "o resultado mais alto de sempre a nível trimestral.


Criação de 2 mil postos de trabalho

A empresa destaca ainda que nos primeiros seis meses do ano criou mais de 2 mil postos de trabalho, no seguimento da expansão da sua actividade em Portugal e a nível internacional, e "em particular do desenvolvimento da área de Health & Wellness [saúde e bem-estar] da Sonae MC".

A Sonae sublinha ainda que o resultado financeiro líquido melhorou 7 milhões "quando comparado com o primeiro semestre de 2016, devido à diminuição, em termos homólogos, do custo das linhas de crédito".

De Janeiro a Junho deste ano o investimento do Grupo totalizou 121 milhões de euros, o equivalente a 4,6% do volume de negócios. O montante foi direccionado para a abertura de novas unidades, lançamento de novos negócios e reforço da internacionalização e do serviço ao cliente, detalha o grupo.

Analisando os dados por áreas de negócio, o retalho alimentar continua a representar o maior contributo do volume de negócios. As vendas da Sonae MC, que detém o Continente e Worten por exemplo, totalizaram 2,5 mil milhões de euros nos primeiros seis meses do ano. Um crescimento de 7,5%, acelerado pelo desempenho no segundo trimestre, período em que o volume de negócios aumentou 10,3% "beneficiando, em parte, do efeito de calendário favorável", refere a empresa.

Tendo em conta só o retalho alimentar, as vendas aumentaram 5,1% para 1,7 mil milhões de euros.

A Sonae RP, unidade do grupo para a gestão do portfólio imobiliário, fechou o semestre com um valor contabilístico bruto de 1,2 mil milhões de euros, equivalente a um valor contabilístico líquido de 914 milhões de euros.

Já a Sonae IM, que gere um portfólio de empresas de base tecnológica, alcançou um volume de negócios de 69 milhões de euros, um aumento de 14,5%

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