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Sector cervejeiro considera “inadmissível” novo aumento de impostos
Os produtores de cerveja lamentam “a insensibilidade política” à contribuição do sector para a economia portuguesa. E consideram “inadmissível” um novo aumento do imposto sobre a cerveja em 1,5%.
A notícia do novo aumento em 1,5% do imposto sobre as cervejas surpreendeu pela negativa o sector. Francisco Gírio, secretário-geral da Associação Portuguesa dos Produtores de Cerveja (APCV) considera que "a confirmar-se a notícia", é "inadmissível" um novo aumento no valor do imposto sobre as cervejas e as bebidas espirituosas, que são maioritariamente importadas, mantendo o vinho inalterado", disse ao Negócios.
Para o responsável, esta medida que consta na versão preliminar da proposta do Orçamento do Estado para 2018 demonstra que "existe grande insensibilidade por parte do Governo ao não reflectir o contributo do sector para a economia portuguesa". "É uma frustração", lamentou.
O secretário-geral da APCV relembrou que o sector cervejeiro contribui para as exportações com 250 milhões de euros e com 70 mil postos de trabalho directos e indirectos.
Números que foram recordados ao Governo recentemente, no âmbito das reuniões com os vários sectores de actividade para a elaboração do Orçamento do Estado para o próximo ano.
Nessa reunião, a APCV apelou a que o imposto sobre a cerveja se mantivesse inalterado em 2018, até porque no ano passado já tinha aumentado 3%.
Um novo aumento é "um facto negativo para a indústria, incluindo os cervejeiros artesanais. "Não conseguimos compreender a insensibilidade política total", criticou.
De acordo com uma versão preliminar da proposta de Orçamento do Estado para 2018 as cervejas vão passar a pagar um imposto que começa nos 8,34 euros por hectolitro para os volumes de álcool mais baixos e que vai até aos 29,30 euros por hectolitro no caso dos volumes de álcool mais elevados, o que traduz um aumento de 1,5%.