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Mercadona não tem Lisboa no radar

O presidente da Mercadona diz não gostar de "centralismos" e, por isso, para já, não vai para a capital portuguesa. O foco do investimento fica a Norte.

Bloomberg
Wilson Ledo wilsonledo@negocios.pt 13 de Março de 2018 às 11:54

O presidente da cadeia de supermercados Mercadona, Juan Roig Alfonso, assegurou esta terça-feira, 13 de Março, que não vai investir em Lisboa, pelo menos para já.

"Porquê o Porto? Porque não acredito em centralismos", respondeu quando questionado sobre o foco do investimento a Norte e uma eventual ida para Lisboa. É também por isso que decidiu instalar a sociedade portuguesa, Irmãdona, no Porto.

Juan Roig Alfonso admitiu ir "descendo" pelo território português mas sem tocar na capital. "Não iremos para Lisboa" para já, garantiu.

O presidente da Mercadona confirmou a abertura de cinco novas lojas em Portugal: Porto, Braga, Penafiel, Barcelos e Vila Nova de Gaia.

Juntam-se aos quatro espaços já conhecidos e com abertura marcada para o primeiro semestre de 2019: Gaia, Maia, Gondomar e Matosinhos. 

Serão lojas com cerca de 1.800 metros quadrados e nove mil produtos. "50% dos produtos que venderemos em Portugal serão diferentes de Espanha", informou.

A empresa confirmou um investimento de 25 milhões de euros em Portugal, onde se conta um centro de co-inovação em Matosinhos e uma plataforma logística em Póvoa do Varzim. 

Nesse valor não se incluem as cinco novas lojas agora anunciadas. O reforço a Norte implicará também mais contratações além das 350 já definidas.

Mesmo sem estar em Portugal, a Mercadona  comprou 63 milhões de euros a fornecedores lusos no ano passado. A lista já conta com 50 empresas.

A Mercadona fechou 2017 com lucros líquidos de 322 milhões de euros, uma quebra homóloga de 49%, justificada pelos investimentos de mil milhões de euros realizados apenas com recursos próprios.

A empresa decidiu ainda atribuir 313 milhões em prémios aos seus 84 mil trabalhadores.

Em Espanha, a Mercadona tem 1.627 lojas e lançou um programa de reformulação da maioria delas. Nenhuma dessas lojas trabalha ao domingo. Cenário que Juan Roig Alfonso admite que possa acontecer em Portugal, mesmo que contra  a sua primeira vontade.

 

* - Jornalista em Valência a convite da Mercadona

(Notícia actualizada às 12:38 com mais informação)

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