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Lucros não estão na agenda da Farfetch até 2021. Liderança e operações são prioridade

A Farfetch mais que duplicou os prejuízos em 2019 em comparação com 2018, mas estes resultados "não refletem a realidade das operações da empresa", defende o responsável pelas operações em Portugal, Luís Teixeira.

28 de Fevereiro de 2020 às 13:46
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O responsável pelas operações da Farfetch a nível global, Luís Teixeira, defende que os prejuízos que a empresa luso-britânica contabilizou em 2019 "não refletem a realidade das operações" e diz que não se esperam lucros no horizonte de dois anos.

O objetivo da Farfetch para 2021 é atingir o break-even relativamente ao EBITDA e, até esse ano, não são previsíveis os lucros. "O que é importante" são os números relativos à operação da empresa e "continuar a ser líder" de mercado, explica Luís Teixeira. Este responsável sublinha a diferença entre o EBITDA ajustado e os resultados, que foram impactados sobretudo por investimentos. 

Os motores que vão impulsionar a empresa em direção ao break-even no EBITDA são a captação de quota de mercado, ao mesmo tempo que as margens operacionais se mantêm "controladas" e o aumento dos custos fixos continua abaixo do crescimento das vendas, enumera Luís Teixeira, que vê esta como uma "receita simples".  

Para o gestor, a empresa está a entrar num "segundo capítulo" no qual está a "capitalizar todo o investimento". Contudo, a Farfetch "terá de continuar a investir", nomeadamente na aquisição de clientes, numa maior oferta de produtos e em novas tecnologias. 

A empresa liderada pelo português José Neves reportou esta quinta-feira à noite, após o fecho de Wall Street, as contas do quarto trimestre e de 2019. No trimestre, as perdas foram inferiores ao previsto e as vendas quase duplicaram. Relativamente às contas do agregado de 2019, a empresa agravou as perdas para 373,68 milhões de dólares (contra 155,5 milhões um ano antes), ao passo que as receitas aumentaram 69%, de 602,3 milhões de dólares para 1,02 mil milhões.

Coronavírus sem impacto mas com prevenção

O tema que tem vindo a abalar os negócios e os mercados de capitais é a proliferação do coronavírus, que está a afetar as cadeias de valor a nível mundial. Na apresentação de resultados, a Farfetch adiantou que o surto não está a ter "impactos materiais" nas operações e que a rede se mantém em normal funcionamento.

Contudo, a empresa já tomou a iniciativa de suspender as viagens dos colaboradores aos países afetados. Paralelamente, constituiu uma equipa multidisciplinar para estar atenta à evolução da epidemia e encontra-se a promover as recomendação da Organização Mundial de Saúde junto dos trabalhadores.

(Notícia atualizada com a informação de que Luís Teixeira é responsável pelas operações da Farfetch a nível global e não apenas nacional)

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