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Jerónimo Martins planeia investir 500 milhões este ano
Grupo de distribuição, que apresentou esta quarta-feira os resultados de 2014, avançou valor a investir em 2015. Polónia vai captar até 330 milhões de euros.
O grupo Jerónimo Martins, dono das cadeias Pingo Doce e Recheio em Portugal e da Briedronka e Hebe na Polónia, vai voltar à fasquia dos 500 milhões de euros de investimento anual.
De acordo com as perspectivas da administração liderada por Pedro Soares dos Santos para 2015, divulgadas esta quarta-feira, 4 de Março, no ano corrente "o grupo estima aumentar o seu programa de investimento para entre 500 e 550 milhões de euros".
A Biedronka, é acrescentado no mesmo comunicado emitido ao mercado, irá "absorver cerca de 60% desse valor", ou seja, entre 300 e 330 milhões de euros.
A JM investiu em 2014 um total de 470 milhões de euros, dos quais 361 milhões na Biedronka, 65 milhões de euros na distribuição em Portugal e deixando os restantes 45 milhões para as outras áreas de negócio onde opera. Em 2013, o investimento tinha sido de 540 milhões de euros, segundo a mesma fonte de informação.
Novos negócios vão continuar a pressionar EBITDA
Nas perspectivas para 2015, a administração da JM defende que o grupo "manterá o crescimento das vendas como a sua principal prioridade", mas alerta que "a deflação alimentar, principalmente na Polónia, deverá manter-se um desafio para o sector do retalho alimentar, pelo menos durante o primeiro semestre" deste ano.
Confirma, ainda assim, a meta de "6,5% como o valor mínimo para a margem EBITDA da Biedronka em 2015". Em 2014, a margem EBITDA da Biedronka recuou um ponto percentual, de 7,8% para 6,8%.
Os novos negócios, que contribuíram negativamente para a evolução anual do EBITDA em 18 milhões de euros em 2014, motivam também um alerta nas perspectivas de 2015. "O impacto das perdas da Ara [retalho alimentar na Colômbia] e da Hebe [para-farmácias na Polónia] no EBITDA consolidado estima-se entre os 60 e os 70 milhões de euros", escreve a administração da JM.
As acções da JM encerraram a sessão desta quarta-feira a recuar 1,83%, para 10,43 euros.