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Jerónimo Martins espera investir entre 700 e 750 milhões de euros em 2018

A Jerónimo Martins deverá manter os níveis de investimento que tiveram lugar este ano. Perto de metade será gasto nas lojas Biedronka. As remodelações em Portugal e na Polónia continuam em cima da mesa.

Miguel Baltazar/Negócios
28 de Fevereiro de 2018 às 19:11
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A Jerónimo Martins espera investir entre 700 e 750 milhões de euros em 2018, mantendo o nível de investimento que esteve em vigor no ano passado.

 

"O programa de investimento do grupo deverá manter-se nos níveis de 2017 e atingir um valor de 700-750 milhões de euros, incluindo, para além dos projectos de expansão de todas as insígnias, a manutenção do forte plano de remodelações da Biedronka e do Pingo Doce", assinala a empresa sob o comando de Pedro Soares dos Santos (na foto) ao regulador. 

 

Em 2017, o capex – que equivale ao investimento operacional feito pela empresa – fixou-se em 724 milhões, acima dos 482 milhões do ano anterior.

Foi na Polónia, exclusivamente com a Biedronka, que foi gasto praticamente metade deste montante, 354 milhões, que incluiu, segundo o comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a abertura de 121 lojas e a remodelação de 226 estabelecimentos, a que se adicionou ainda a abertura de um novo centro de distribuição.

 

Ainda no mercado polaco, a loja de beleza Hebe verificou um crescimento líquido de quase 30 lojas para um total de 182 estabelecimentos. Uma expansão feita quando o contributo para os resultados globais da Jerónimo Martins é ainda negativo.

 

No Pingo Doce, o investimento totalizou 102 milhões de euros, "abrangendo 10 novas lojas, das quais quatro geridas através de contrato de agência". No final do ano, funcionavam 422 estabelecimentos. A marca Recheio, também em Portugal, contou com um investimento de 28 milhões.

 

Já na Colômbia, as lojas Ara contaram com um investimento de 169 milhões. Segundo as perspectivas para este ano, a insígnia deverá contar com um acrescento de 150 lojas ao actual portefólio, composto por 389 supermercados.

 

A Ara e a Hebe são, neste momento, as áreas de negócio que contribuem negativamente para o EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) da retalhista. O EBITDA do grupo cresceu 7% para 922 milhões de euros, sendo que o contributo destas duas marcas foi negativo em 85 milhões. 

O lucro da retalhista em 2017 foi de 385 milhões de euros, uma quebra de 35% face ao ano anterior (em 2016, a venda da Monterroio impulsionou os resultados, o que penaliza agora a comparação). Todo este resultado líquido será distribuído pelos accionistas sob a forma de dividendos.

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