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Lucros da Jerónimo Martins recuam 35% para 385 milhões de euros

As vendas da Jerónimo Martins subiram 11,3% em 2017, mas os lucros cederam. Em causa está o facto de as contas de 2016 terem incorporado a venda da Monterroio.

A melhoria da economia polaca deverá continuar a beneficiar a Jerónimo Martins, nomeadamente na evolução das receitas este ano, embora o aumento da concorrência represente um factor negativo. O CaixaBI tem uma recomendação de 'neutral' para a cotada, que tem na Colômbia o seu principal potencial de valorização.
Ricardo Castelo
28 de Fevereiro de 2018 às 17:44
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O lucro da Jerónimo Martins recuou 35% para se cifrar em 385 milhões de euros no ano passado. O número representa uma diminuição de 35% em relação aos 593 milhões de euros registados em 2016.

 

A dona dos supermercados Pingo Doce defende, contudo, que excluindo o impacto da venda da Monterroio, em 2016, os resultados líquidos teriam aumentado 6,7%, segundo comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Isto porque a alienação daquela empresa industrial à sociedade da família Soares dos Santos tinha rendido 221 milhões, o que coloca o resultado líquido, numa base comparável, em 385 milhões de euros. Este resultado será totalmente distribuído pelos accionistas através de dividendo.

 

As vendas consolidadas da sociedade presidida por Pedro Soares dos Santos cresceram 11,3% em 2017, em relação ao ano anterior, totalizando 16,3 mil milhões de euros. A Polónia, com a insígnia Biedronka, representa 68% destes proveitos. As vendas nos 2.823 supermercados polacos avançaram 13,2% (ou 10,4% em moeda local), sendo que o avanço é de 8,6% em "like-for-like" (sem contar com abertura ou fecho de lojas). Já o Pingo Doce contou com um crescimento de 3,1% das vendas, para 3,7 mil milhões de euros.

 

Os custos operacionais somaram 12,7% e totalizaram 2.536 milhões. Já o EBITDA (resultado antes de juros, impostos, apreciações e amortizações) subiu 7% para 922 milhões, ou 4,7% se o câmbio for constante. "A margem EBITDA do grupo foi de 5,7% (5,9% em 2016. Excluindo a diluição pelas perdas da Ara e da Hebe, o EBITDA cresceu 9% e atingiu uma margem de 6,4%", indica o comunicado à CMVM. 

 

Salários no Pingo Doce penalizam EBITDA

 

Os custos operacionais somaram 12,7% e totalizaram 2.536 milhões. Já o EBITDA (resultado antes de juros, impostos, apreciações e amortizações) ganhou 7% para 922 milhões, ou 4,7% se o câmbio for constante. "A margem EBITDA do grupo foi de 5,7% (5,9% em 2016). Excluindo a diluição pelas perdas da Ara e da Hebe, o EBITDA cresceu 9% e atingiu uma margem de 6,4%", indica o comunicado à CMVM.

 

Mais uma vez, a Biedronka é a marca que mais contribui para o EBITDA (805 milhões), com o Pingo Doce a contribuir com 188 milhões – uma quebra anual de 1,6% que reflecte, diz a retalhista, "a decisão de executar, a partir de Outubro, uma revisão dos pacotes remuneratórios das suas equipas". O Recheio dá 50 milhões.

As novidades Ara, na Colômbia, e Hebe, loja de produtos de beleza polaca, geraram perdas conjuntas no EBITDA de 85 milhões de euros, piores do que os 62 milhões de há um ano.

 

"O cash-flow gerado no ano atingiu 249 milhões de euros, já incorporando o aumento registo no capex [investimento] em relação ao ano anterior", indica o comunicado. 

 

(Notícia actualizada às 18:20 com mais informações)

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