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Jerónimo Martins com lucros de 419 milhões de euros nos primeiros 9 meses do ano

As receitas cresceram 21% até setembro, atingindo os 18.392 milhões de euros.

A fortuna da família Soares dos Santos aumentou 2,3 mil milhões de euros, no último ano.
Tiago Petinga/Lusa
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A Jerónimo Martins encerrou os primeiro nove meses do ano com lucros de 419 milhões de euros, uma subida de 29,3% face ao período homólogo, anunciou o grupo de Pedro Soares dos Santos esta quarta-feira.


Segundo a dona do Pingo Doce em comunicado enviado à CMVM, as receitas cresceram 21% até setembro, atingindo os 18.392 milhões de euros.


Os resultados antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) avançaram 17,8%, chegando aos 1.348 milhões de euros.

Na Polónia, a Biedronka, cadeia de supermercados do grupo, focou-se no reforço da liderança em preço, traduzindo-se num crescimento das vendas, em moeda local, de 23,0% até setembro, para os 12.726 milhões de euros. Ainda no mercado polaco, a Hebe, cadeia de lojas de saúde e beleza, manteve um "forte ritmo de recuperação relativamente ao impacto da pandemia no desempenho dos anos anteriores", com as vendas totais a crescerem 33,6% em moeda local até setembro (+31,6% no 3º trimestre).

Em Portugal, "num contexto crescentemente difícil para as famílias", o Pingo Doce cresceu as vendas em 10,3%, atingindo os 3.259 milhões de euros. A subida no terceiro trimestre foi de 13,4%.


Por seu turno, o Recheio focou-se em tirar o máximo partido da retoma do turismo e fechou o período com um crescimento de 28,8% das vendas (+28,6% no 3T).

Na Colômbia, onde a elevada inflação alimentar – que se mantém acima dos 20% - tem impactado significativamente o consumo, a Ara "investiu consistentemente em preço para responder com assertividade à necessidade clara das famílias de ter acesso a oportunidades de valor", frisa a Jerónimo Martins. Como resultado, as vendas aumentaram 66,2% em moeda local. Face ao forte crescimento das vendas, a Ara decidiu acelerar o plano de aberturas para o corrente ano de 180 para 230-250 lojas, adianta o grupo nacional.

O Grupo destaca ainda que, apesar das circunstâncias atuais de "elevada incerteza", a solidez do Balanço, no final de setembro, traduzia-se numa posição líquida de caixa excluindo responsabilidades com locações operacionais capitalizadas) de 763 milhões de euros.

Perspetivas para o ano
Na nota, a Jerónimo Martin lembra a escalada das pressões inflacionistas nos produtos alimentares, na energia e nos transportes, que se viveu em 2022 e acentuou no terceiro trimestre do ano.

Por isso, o Grupo explica como, face aos efeitos do aumento da inflação e das taxas de juro no rendimento disponível das famílias e na confiança dos consumidores, a competitividade de preço e a criação de oportunidades adicionais de poupança tornaram-se "ainda mais preponderantes" na sua agenda comercial e de marketing.

"O esforço de contenção dos preços de venda continuará a ser mantido, num contexto em que a inflação ao nível dos custos continuará a aumentar a pressão sobre as margens percentuais das nossas insígnias", reflete ainda sobre os próximos meses.


Por tudo isto, refletindo a revisão do plano de expansão da Ara na Colômbia, que sobe de 180 novas lojas para 230-250, e também o agravamento, nos três países, da inflação na construção e equipamentos, o Grupo reviu o programa de investimento deste ano para c.950 milhões de euros.

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