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Dr. Fadista e a mulher arquiteta espantam a pandemia com A Senhorita

Mariana e Dinis tinham aberto a Senhora do Livramento, no coração de Alcântara, pouco antes da chegada da pandemia, que afastou os turistas. Não desistiram. Revolveram o conceito e reabriram o restaurante com um novo nome. Garantem que não há vírus que mate a alma do fado.

17 de Novembro de 2020 às 13:55
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Dinis Lavos formou-se em Direito, mas cedo encontrou na linha da música o seu percurso profissional - tornou-se guitarrista de fado, há mais de duas décadas, e ganhou a alcunha de "Dr. Fadista". Tem 44 anos.

 

Há cerca de um ano, juntamente com a sua mulher, a arquiteta Mariana, de 27 anos, abriram um restaurante no número 4 da Calçada do Livramento, no coração da lisboeta Alcântara. Chamaram-lhe Senhora do Livramento, que entrou no roteiro gastronómico e de fado da cidade.

 

Por lá andaram fadistas como Carminho, António Pinto Basto ou Teresa Sequeira.

 

Entretanto, chegou a pandemia, com o setor da restauração a ser um dos mais afetados pelas medidas de contenção da covid-19 adotadas.

 

Com a pandemia e a ausência de atividade turística, Maria e Dinis perceberam a necessidade de mudança urgente: "Desviaram o conceito, retiraram as toalhas e guardanapos de pano e repensaram uma carta que mantivesse a qualidade e base no produto nacional, mas que permitisse uma gestão ponderada e com menos exposição de risco à pandemia que impacta severamente do setor Horeca", contam, em comunicado.

 

A Senhora do Livramento saiu então de cena para deixar entrar A Senhorita, o novo nome do restaurante de Dinis e Mariana. "Fechamos com a pandemia, em março, e reabrimos, como A Senhorita, a 21 de maio", contou o "Dr. Fadista" ao Negócios.

 

"Não adiando totalmente os planos de uma casa de fados, os clientes da Senhorita podem ainda ser surpreendidos por uma sessão de fados programada, apoiando artistas nacionais, ou que surge naturalmente, muito pelo talento dos seus clientes e de Dinis que, entre o serviço de mesa e gestão do restaurante, poderá encontrar uma janela de oportunidade para pegar na sua guitarra", vão avisando os donos do espaço.

 

Não estranhe, portanto, se ao passar pela Senhorita ouvir uma sessão de fados ou cantorias de artistas e curiosos. "É que a alma do fado ainda anda por lá e não há pandemia que a mate!"

 

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