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Dono do grupo DIA mexe na administração após saída de magnatas russos de lista negra da UE

Os russos Mikhail Fridman e Petr Aven, os dois principais acionistas do fundo LetterOne, que controla 77% do grupo espanhol Dia, viram o Tribunal de Justiça da UE dar-lhes razão, retirando-os da lista de pessoas alvo de sanções.

Reuters
11 de Abril de 2024 às 14:09
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O LetterOne, fundo que detém 77% do grupo espanhol Dia, dono do Minipreço em Portugal, vai avançar, em junho, com uma reestruturação do seu conselho de administração, na sequência da retirada do magnata russo Mikail Fridman, fundador e acionista maioritário, da lista de pessoas alvo de sanções da União Europeia (UE).

Segundo documentos enviados às autoridades do Luxemburgo, citado pelo El Economista, apesar de o conselho se ter renovado em fevereiro, vários dos membros foram designados por um período de apenas quatro meses e as nomeações devem ser ratificadas, dado que caducam a 15 de junho. Dependentes disso estão assim Alexandre Gourlay, Anna Lisa Jenkins, Linda Poil, John Robinson, Jean Paul Mousel e David McGeough.

Após a imposição de sanções, em 2022, a vários acionistas, na sequência da invasão russa da Ucrânia, o LetterOne ficou a braços com um  vazio na liderança, com os dois principais acionistas do fundo - os russos Petr Aven e Mikhail Fridman - a apresentarem a sua demissão para facilitar a continuidade das operações, escreve o jornal espanhol, indicando que, por essa altura, também German Khan, Alexey Kuzmichev e Andrei Kosogov renunciaram aos cargos.

O fundo, presidido por Mervyn Davis e que tem Jonathan Muir como CEO, foi garantido ao longo destes anos que os seus fundadores "não têm controlo nem influência sobre o LetteOne", mas agora parece estar em preparação uma reviravolta.

Esta quarta-feira, o LetterOne recebeu com "satisfação" a decisão do Tribunal da Justiça da UE que anula a inclusão de Fridman e Aven na lista de pessoas alvo de sanções, por "deixar claro que as acusações eram infundadas e não estavam fundamentadas", insistindo, ao mesmo tempo, que, apesar de ambos voltarem a ser os principais acionistas, no ano passado foram levadas a cabo "mudanças decisivas com a sua saída, pelo que "não têm nenhum controlo nem influência e não lhes será pago qualquer dividendo - se é que se lhes deve algum".

No entanto, escreve o El Economista, há que esperar agora pelo mês de junho para ver se voltam a entrar ou não no órgão executivo máximo.

O grupo Dia, que detém o Minipreço em Portugal (enquanto a venda acordada no ano passado com a Auchan não se efetiva) não se pronunciou sobre o tema, tendo apenas vindo a referir, ao longo dos anos, que nem o LetterOne nem a própria cadeia de supermercados foram alvo de sanções, pelo que não foram afetados.

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