Notícia
Cinco amigos abrem Obicà no antigo Mini Bar de Avillez no Porto
No número 12 da Rua da Picaria, onde já morou a fábrica de bicicletas Suria e, mais recentemente, os restaurantes Tenra Steakhouse e Mini Bar, vai agora abrir o Obicà - Mozzarella Bar, Pizza e Cuccina, que conta entre os seus investidores com o primeiro presidente da ANJE.
O que é que significa Obicà? Aqui está, no dialeto napolitano.
Em plena pandemia, cinco amigos de longa data, já com negócios em comum, decidiram procurar oportunidades para investir na cidade do Porto. Vai daí, juntaram-se na aventura de trazer para Portugal o Obicà - Mozzarella Bar, Pizza e Cuccina.
Trata-se de um franchising de gastronomia italiana, fundada por Silvio Ursini, que abriu o primeiro restaurante da marca em maio de 2004, em Roma, e conta atualmente com duas dezenas de espaços espalhados por Itália, Reino Unido, Japão e Estados Unidos.
Próxima paragem do Obicà, com abertura marcada para o dia 19 de maio: número 12 da portuense Rua da Picaria, onde morava o restaurante Mini Bar, do grupo de José Avillez, que abriu a 12 de julho de 2018 e não resistiu à chegada da covid-19.
O Mini Bar tinha sucedido ao Tenra, que abriu a 6 de janeiro de 2016, mas que também não teve sucesso, depois de ter transformado numa "steakhouse" a antiga fábrica de bicicletas Sucena & Faria, dona das clássicas Suria.
"Este agora vai ter sucesso. Dizem que à terceira é de vez", brinca Hélder Moura, 33 anos, sócio numa consultora de estratégia americana e que reside há 12 anos em São Paulo, no Brasil.
Moura é um dos cinco donos do "master franchising" do Obicà para Portugal, juntamente com António Freitas, 35 anos, que está ligado ao setor das gasolineiras; Filipe Herculano, 27, empresário do setor da restauração; Paulo Barros Vale, de 60 anos, que lidera o Sport Club do Porto e foi o primeiro presidente da Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE), e o seu irmão João Barros Vale, de 55 anos.
Foi a "trading" de bebidas Best Value, dos irmãos Barros Vale, que comprou inicialmente, por 75 mil euros, o "master franchising" do Obicà para o território nacional, o qual foi posteriormente transferido para uma sociedade que é controlada a meias com a Datas e Conquistas, empresa detida em partes iguais por Moura, Freitas e Herculano.
O Obicà português adquiriu a cozinha do antigo Mini Bar ao grupo José Avillez e fez as obras necessárias para decorar o espaço na Rua da Picaria à imagem da marca italiana, num investimento "na ordem dos 250 mil euros".
Abrir um Obicà por ano em Portugal
O novo restaurante do Porto, com capacidade para cerca de 70 pessoas - em tempos não pandémicos -, irá funcionar entre as 12h30 e as 15h e das 19h às 22h30, e vai criar 15 postos de trabalho.
Com a expectativa de "faturar 600 mil euros" no primeiro exercício completo, pretende atingir o "break even" ao fim dos primeiros dois anos de atividade, adianta Filipe Herculano.
"O Porto foi a cidade que escolhemos como porta de entrada do Obicà, mas a nossa intenção é a de alargar o conceito a outras cidades do país, ao ritmo de um restaurante por ano", aponta o mesmo empresário, sem querer identificar futuras novas localizações.
E o que é que levou este grupo de amigos a decidir abrir um restaurante em tempos de pandemia, que está afetar fortemente o setor da restauração? "Acreditamos que em momentos de crise surgem oportunidades… e como temos sensação que muitos não se conseguiram manter, vimos isso como uma grande oportunidade de investir na restauração", explica Hélder Moura.
"Acreditamos que no período pós-pandemia a procura pelo nosso espaço será bastante elevada, porque se trata de um conceito inovador, numa zona privilegiada da Baixa do Porto. Queremos consolidar-nos como a marca mais forte no que se refere a gastronomia original Italiana em Portugal", conclui.